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"De Olho nas Urnas" é lançado na Câmara dos Deputados

Em 24/04/24 12:12.

Projeto inédito, e coordenado pela UFG, lança cartilha e site sobre participação da mulher na política

Foi lançado hoje, 24/4, os primeiros produtos do projeto de pesquisa da Universidade Federal de Goiás "De olho nas urnas". O lançamento foi na Câmara dos Deputados em parceria com a Secretaria da Mulher e diversas outras instituições públicas de ensino.  Apoiado pelo Observatório Nacional da Mulher na Política, o projeto tem como foco a investigação, a divulgação científica e a promoção da participação feminina nas eleições municipais de 2024. O projeto foi financiado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, e é coordenado pela reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima. A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e a Secretaria da Mulher, em parceria, realizam o lançamento do site e de uma cartilha do projeto, da Universidade Federal de Goiás, com informações que auxiliarão pré-candidatas às eleições a chegarem mais preparadas às urnas. Confira o site

O projeto foi possível graças a uma articulação das deputadas, atuantes na comissão, que aprovaram os recursos para que a pesquisa desse seus primeiros resultados antes das eleições de 2024. "E aqui estamos para lançar os frutos brilhantes desse projeto que será altamente importante para as eleições. Esse projeto é um sucesso não só pelo levantamento de dados, mas principalmente por oferecer resultados imediatos para a sociedade. Estamos aqui para comemorar esses produtos", celebrou a deputada federal Yandra Moura. A parlamentar parabenizou os integrantes da comissão e a UFG pelo esforço para colocar as mulheres como ocupantes de espaços de poder. 

O grupo, que é composto por 31 pesquisadores, é integrado de maneira massiva por mulheres, que trabalham em vários estados do Brasil, e também fora dele. Em sua fala, a reitora afirmou que "houve uma cooperação muito grande de colaboradores para redigir, ilustrar e apresentar essa cartilha, que será especialmente útil nesse momento para embasarem as mulheres a se engajarem na política. Hoje temos então a cartilha imprensa e o hot site", apresentou. Segundo ela, tudo foi pensado para que os produtos de comunicação fossem os primeiros a serem divulgados, especialmente por conta das eleições em outubro. A pesquisa foi preparada em três etapas, nesse primeiro momento uma equipe está avaliando dados relativos a eleição de 2020, que serão divulgados em maio. "É a partir desses dados que concebemos a cartilha, já apresentando resultados com relação a essa eleição, que são de extrema importância para se pensar os espaços de poder", explicou a reitora. Na segunda etapa, a função de observatório será integralmente exercida, avaliando os dados e os panoramas levantados em todo o Brasil. Em dezembro, a ideia é dar início a terceira etapa do projeto, com a união dos dados de 2020, já tratados e publicados, com a observação da campanha 2024, bem como a análise dos dados das eleições de irão acontecer esse ano. "Queremos estruturar para antecipar dados e traçar um panorama sobre como nós mulheres podemos participar da política. Nos assusta perceber que há espaços no Brasil que há uma completa exclusão das mulheres na política. Essa pesquisa é altamente inovadora e inédita", concluiu a reitora. Em especial ela agradeceu a deputada Leda Borges por ter confiado a UFG essa liderança, que é realizada em parceria com várias outras universidades. Na UFG o projeto está vinculado ao Núcleo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão em Direitos Humanos.

A Deputada Ana Pimentel, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, entende que não é possível pensar em uma verdadeira democracia no grau de exclusão que as mulheres ainda enfrentam na política. "As mulheres são ainda hoje responsabilizadas pelo cuidado e muitas vezes submetidas a violências. O cenário ainda é muito perturbador", considerou. A deputada Leda Borges agradeceu a confiança da comissão em investir nas pesquisas sobre o desafio que as mulheres tem enfrentado. "Esse é um momento histórico e tenho certeza que esse é apenas o começo para que as mulheres continuem alcançando seus espaços de poder", concluiu. 

 

 

 

 

Fonte: Secom/UFG

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