UFG realiza evento de inauguração da Cátedra Lídia Jorge
Além de espaço para estudos da língua, cátedra fomenta ampliação do ensino da literatura portuguesa
Texto: Eduardo Bandeira
Fotos: Felipe Fulquim
Excitação. Reverência. Saudosismo. Essa era a atmosfera do auditório da Faculdade de Letras (FL) da Universidade Federal de Goiás (UFG) na terça-feira (19/3). Com cadeiras abarrotadas de estudantes, professores e convidados, o local sediou o lançamento da Cátedra Lídia Jorge.
Estiveram presentes ao evento a escritora portuguesa homenageada conhecida pela leveza com a qual escreve sua obra tanto para o público especializado quanto para o leigo, Lídia Jorge; a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima; o secretário de Estado e Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Francisco André; o embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos; a diretora do Instituto Camões, Alexandra Pinho; o diretor da Faculdade de Letras, Jamesson Buarque; o diretor da Cátedra Lídia Jorge, Rogério Canedo, além de outras personalidades.
A celebração teve início com a fala dos componentes da mesa diretiva. O secretário-geral do governo de Goiás, Adriano de Rocha Lima, representando o governador Ronaldo Caiado, reforçou o acerto na iniciativa do lançamento da cátedra na UFG e mencionou o salão lotado de ouvintes para exemplificar a receptividade do público diante da temática.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Francisco André, deu ênfase à importância do apoio entre as cátedras e as instituições de ensino superior. Das 63 Cátedras Camões, nove estão no Brasil e para ele o grande desafio é expandir essa iniciativa. Além disso, Francisco elege as línguas como veículos de comunicação fundamentais nessa luta. O secretário ainda destacou como Lídia Jorge tem grande importância para entender o que aconteceu em Portugal ao retratar em suas obras assuntos como a guerra colonial, lacunas sociais, planos de conquistas, desenvolvimento socioeconômico e a abertura de Portugal ao mundo.
Já a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, mencionou o privilégio de os ingressantes iniciarem os estudos sendo contemplados com um evento deste porte tal qual o lançamento da Cátedra Lídia Jorge no começo do semestre letivo. Ela lembrou ainda que essa é a terceira cátedra sendo instalada na Universidade Federal de Goiás e elogiou o fato de a inauguração acontecer no mês das mulheres.
O momento teve sequência com a cerimônia de descerramento da placa que oficializa a UFG como espaço que acolhe a cátedra Lídia Jorge. A escritora, que também estava presente, foi ovacionada pelo público e pelas autoridades que compareceram.
Em seguida, as atenções voltaram-se para a apresentação do grupo musical da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da UFG com uma performance de choro, gênero musical criado a partir de elementos de dança de salão europeias e da música popular portuguesa.
A cerimônia teve continuidade a partir da composição de uma mesa-redonda para falar sobre a vida e obra de Lídia Jorge. A autora falou sobre pontos importantes de sua carreira: além de poeta, Lídia também é contista e romancista, seu primeiro romance, O Dia dos Prodígios, foi lançado em 1980.
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Fonte: Secom UFG