Angelita de Lima e Daniel Christino assumem diretoria da FIC

Versanna Carvalho

A solenidade de posse da nova diretoria da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (FIC/UFG) foi realizada remotamente nesta sexta-feira (4/12). Durante o ato, a professora Angelita Pereira de Lima foi reconduzida ao cargo de diretora e o professor Daniel Christino assumiu a vice-diretoria, sucedendo o professor Erinaldo Dias Valério. A mesa-diretora do evento contou também com as participações do reitor da UFG, Edward Madureira, da vice-reitora, Sandramara Matias.

A leitura do termo de posse foi feita pela diretora de Administração de Pessoas da UFG, vinculada à Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (DAP/Propessoas), Wilma Maria Gonçalves dos Santos. Em sua fala, o professor Daniel Christino agradeceu aos antecessores e à equipe da FIC. "Espero estar à altura de ser vice-diretor nesta nova gestão e do que o futuro possa trazer de trabalho e responsabilidade e de capacidade de tornar a FIC uma faculdade cada vez melhor, cada vez mais conhecida, cada vez mais influente tanto dentro quanto fora dos muros da Universidade. Eu estou pronto para o trabalho, estou muito feliz de ter sido eleito junto com a professora Angelita. Temos um trabalho muito interessante pela frente", afirma Daniel. 

Angelita Lima agradeceu aos dois docentes que ocuparam a vice-diretoria durante a gestão que está sendo encerrada, Andréa Pereira dos Santos, nos três primeiros anos, e Erinaldo Dias Valério, no ano de 2020, e também aos técnicos administrativos e docentes da FIC. Segundo ela, nos últimos anos o grupo de trabalhos composto por servidores docentes e técnicos, tornou-se uma equipe. "Os êxitos da gestão que termina são resultados de um trabalho coletivo feito por uma equipe excepcional", destaca.

A diretora da FIC observa que entre as várias pautas para o novo mandato está a curricularização da extensão, a internacionalização da FIC e o aprimoramento e melhoria dos nossos canais de comunicação internos e externos, em especial o diálogo com os estudantes. 

"Para lembrar, eu não sou uma mulher que foge de desafios. Iniciamos esta gestão em 2016 durante uma ocupação de estudantes. A FIC era uma das unidades ocupadas, realizamos uma reforma do espaço físico na metade da gestão do mandato, quando passamos seis meses abrigados no Laboratório Integrado de Comunicação e Informação (Labicom), e estamos terminando este mandato durante a pandemia da covid-19. Nada disso impediu o crescimento e o fortalecimento da FIC nos últimos quatro anos.  

Comprometimento

Durante a live, o reitor Edward Madureira fez questão de assinar o documento de posse da nova diretora. Ele lembrou que nas últimas duas semanas ocorreram pelo menos dois casos de nomeação de reitores em instituições federais de ensino superior (ifes), que foram nomeados diretamente pelo Ministério da Educação (MEC) sem passar por processo eleitoral. "Aqui na UFG nós respeitamos isso e iremos respeitar sempre. Não iremos sucumbir ao autoritarismo. Lutaremos até o fim e temos certeza de que venceremos. Por isto é muito importante estarmos aqui para celebrar este momento político e administrativo fundamental para o funcionamento da Universidade", diz.

O reitor destacou a atuação da professora Angelita durante o primeiro mandato. "A Universidade acontece nas unidades acadêmicas e nos órgãos. Ter pessoas serenas, comprometidas, conscientes do seu papel, críticas, só facilita o trabalho da gestão. Você se revelou uma exímia gestora. Sabe construir soluções e entendimentos como ninguém. É isso que a gente precisa neste momento em que o País foi tomado pelo ódio e por divisões artificiais", observa. 

Portaria

O reitor da UFG, que também é presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), falou sobre a reação do segmento à publicação da portaria nº 1.030, de 1 de dezembro de 2020, do Ministério da Educação, que dispõe sobre o retorno às aulas presenciais. "Fomos tomados de surpresa anteontem no que diz respeito a uma portaria que absolutamente não se aplica a nós e por isto não iremos cumpri-la. Não temos condições objetivas para cumprir uma portaria tão absurda quanto essa", afirma.

Edward destaca que o planejamento de como terminará o primeiro semestre letivo de 2020, como serão as aulas práticas emergenciais, como vai ser o segundo semestre letivo de 2020 já está feito e aprovado pelo Conselho Universitário da UFG (Consuni UFG). "Essa é a Universidade que a gente acredita e constrói com responsabilidade. Assim fizemos desde o dia 16 de março. Tudo o que esta Universidade fez foi feito com muita discussão, com base em muita evidência científica, com muita responsabilidade, e acima de tudo, com o compromisso com a vida, a qualidade, as pessoas e com a isonomia. É assim que esta Universidade vai continuar marchando", defende.

O reitor destaca que os servidores técnicos-administrativos se adaptaram prontamente ao trabalho remoto e que os docentes se reinventaram ao serem convocados a assumir atividades com as quais não estavam familiarizados e que estão desempenhando-as de forma exemplar. "Talvez esse seja o maior equívoco da portaria. A Universidade não parou. Nós estamos em plena atividade e eles desconhecem o dinamismo que a Universidade tem e como as coisas estão acontecendo", conclui Edward Madureira.

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