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Comissão de Heteroidentificação da UFG recebe capacitação

Em 19/02/19 15:41.

Curso abordou os ritos procedimentais da heteroidentificação

Texto: Mariza Fernandes

Fotos: Pedro Gabriel, Natalia Cruz e Bárbara Noleto

Com foco no período de matrículas dos novos alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG), a Comissão Permanente de Autodeclaração da Regional Goiânia (COMPAD) e a Coordenadoria de Ações Afirmativas (Caaf/UFG) realizaram, nesta segunda-feira (18/02), uma atividade de capacitação com o tema “ritos procedimentais”. De acordo com o presidente da COMPAD, Pedro Cruz, o objetivo do curso, oferecido aos membros das comissões de heteroidentificação, é garantir que o procedimento ocorra conforme o previsto, sem nenhum tipo de constrangimento para o candidato. “A heteroidentificação nada mais é do que uma forma de evitar fraudes ao sistema de cotas”, explicou Pedro. O procedimento consiste na identificação, por terceiros, da condição autodeclarada pelo candidato que optou por concorrer às vagas ofertadas pelo sistema de cotas.

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Advogado do MNU, Wanderson Pinheiro, foi um dos palestrantes convidados

As matrículas dos novos alunos da UFG começam no dia 26 de fevereiro e os estudantes cotistas devem passar pela heteroidentificação como etapa obrigatória. Esse é o segundo ano em que a Comissão de Heteroidentificação vai atuar nas matrículas. Em 2018, mais de 2 mil ingressantes foram avaliados pelas bancas de heteroidentificação. Uma das principais novidades desse ano é a possibilidade de participação de integrantes do Movimento Negro na Comissão. O advogado do Movimento Negro Unificado (MNU), Wanderson Pinheiro, foi um dos palestrantes convidados da capacitação e apresentou alguns dos marcos legais que pautam a atuação da Comissão. No período da tarde, o Procurador da República e ex-professor da UFG, Onésio Soares Amaral, falou sobre a judicialização dos processos de heteroidentificação.

A presidenta do Conselho Municipal para Igualdade Racial de Goiânia, Cecília Maria Vieira, destacou a importância do diálogo entre a Comissão e a sociedade civil. “É um prazer compor essa frente de trabalho tão importante, principalmente nesse momento político que estamos vivendo. Enquanto presidenta do Conselho, tenho feito a discussão de que precisamos avançar no sentido de enegrecer cada vez mais as nossas universidades”, afirmou. Além dos servidores que compõem a Comissão de Heteroidentificação da Regional Goiânia, participaram os presidentes das comissões das Regionais Goiás e Catalão. A pró-reitora de graduação da UFG, Jaqueline Araujo Civardi, e a presidenta do Centro de Seleção (CS/UFG), Geovana Reis, também estiveram presentes. 

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Cecilia Maria Vieira, presidenta do Conselho Municipal para Igualdade Racial de Goiânia

Em 2019, as entrevistas de heteroidentificação serão filmadas, com o apoio da TV UFG e da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG. Além disso, um formulário eletrônico foi desenvolvido pela Secretaria de Tecnologia e Informação (SeTI/UFG), com o objetivo de agilizar os trabalhos e garantir a formação de um banco de dados sobre os cotistas e os trabalhos da Comissão. Outra novidade deste ano é que a UFG vai contar com a colaboração de servidores do Instituto Federal de Goiás, do Instituto Federal Goiano e da Universidade Estadual de Goiás. Confira as datas das matrículas presenciais em cada regional no site do SiSU na UFG.

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