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Professores tornam-se alunos em oficina de metodologias de ensino

Em 02/10/18 14:05.

Na era dos aplicativos digitais, oficina ensina aos docentes como o uso dessas tecnologias pode auxiliar no processo de aprendizagem

Texto: Aline Borges
Fotos: Adriano Justiniano

A Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) em parceria com a Diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento de Pessoas (DAD) realizou, nesta quinta-feira (27/9), mais um encontro para o desenvolvimento do ensino criativo, colaborativo e inovador dos docentes da UFG. A proposta foi reunir professores de diversas áreas da universidade em uma oficina que trabalhou o uso de ferramentas digitais como auxílio das metodologias ativas de aprendizagem. Entretanto, o evento ultrapassou as expectativas, tanto de público (já que o evento teve que abrir uma lista de reservas de vagas) quanto de conteúdo, e tornou-se um momento leve de trocas de experiências, aprendizado e novas perspectivas.

Num contexto em que as novas tecnologias, redes sociais e afins têm, a cada dia mais, se colocado como um obstáculo entre professor e a atenção do aluno, uma série de pesquisadores voltam seus estudos para compreender como utilizar esse fenômeno em prol do ensino, tornando assim o processo de aprendizado ainda mais dinâmico, atrativo e eficaz. Esse novo contexto fez com que a universidade pensasse em novas formas de atender às demandas dos servidores que desejavam imergir nesse novo cenário educacional. “Essa iniciativa nasce, então, da necessidade do professor da UFG em pensar novas maneiras de aprender, de melhor ensinar, de como tratar seus alunos” explica a Diretora de Ensino da PROGRAD, Moema Gomes.

O fato é que “nós estamos em um contexto agora em que o perfil do aluno é diferente, o perfil da sociedade tem uma característica diferente”, continua Moema e explica ainda que “muitas vezes o professor que ingressa em uma instituição de ensino superior, não vem com uma formação pedagógica específica para o ensino, mas com uma formação sólida na área específica dele e aí essa ânsia que os professores pedem de como abordar os conteúdos, como tratar os conteúdos fez esse movimento. Assim começamos a comissão de desenvolvimento do ensino criativo e colaborador”.

Membros da comissão, os professores Rosângela Nunes e Flávio Marques reforçam o uso dessas novas plataformas como uma “forma de estar mais próximo aos estudantes que já tem acesso a essas mídias. Então, eles vão ter muito prazer em ter uma aula que permite ao estudante usar o celular para acessar o conteúdo. Que o celular não seja rejeitado, mas que passe a ser utilizado como ferramenta de apoio”, afirma Rosângela, “...parte do contexto educacional deles. É que, hoje, esses alunos já têm uma alfabetização tecnológica, já faz parte do contexto dele e a gente verifica que pode auxiliar no processo de ensino e aprendizagem” completa Flávio.

Oficina de ensino criativo 2

Rosângela Nunes, diretora da Diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento de Pessoas (DAD)

“Vocês são muito sensíveis. Ninguém que não seja preocupado com o outro, com o ensino, iria se prontificar a estar aqui durante o dia todo”. Foi assim que a historiadora e recém-ingressa no mundo digital, Eliesse Scaramal, abriu a oficina, na qual se colocou como uma mediadora apenas, pois o verdadeiro conhecimento seria gerado pela colaboração e diálogo.

Oficina de ensino criativo

Eliesse Scaramal ensina História da África na internet e nas salas de aula

Seguindo seu roteiro, perfeitamente programado em uma planilha do Excel, a pesquisadora explica que todos os recursos escolhidos para serem trabalhados nas seis horas de oficina tinham como característica o acesso gratuito e as interfaces amigáveis, levando sempre em consideração a praticidade. Sendo assim, os professores oficineiros foram apresentados ao Dictation, Mapas Mentais, Trello, Canva, VBookZ e Mendeley, plataformas que auxiliam desde a composição de referências em artigos até na organização da rotina acadêmica.

Fonte: Secom UFG

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