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Evento discute criação de Centros de Desenvolvimento Regional

Em 18/04/18 18:02.

Centros objetivam aproximar universidades do setor produtivo, contribuindo para o desenvolvimento regional  

O Reitor da UFG, Edward Madureira, participou no dia 18 de abril do Seminário Internacional Instituições de Ensino Superior e Desenvolvimento Regional: parcerias, iniciativas e perspectivas, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O evento foi organizado pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes). Também participou do evento a presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás, a professora da UFG, Zaíra Turchi, representando o Conselho Nacional das Fundações de Amparo a Pesquisa (Confap).

Durante o seminário os participantes defenderam a focalização das atividades das universidades no desenvolvimento regional e na integração com o setor produtivo. Também foram lançados os projetos iniciais dos Centros de Desenvolvimento Regional (CDRs) do Distrito Federal e do Triângulo Mineiro. Os CDRs foram incentivados pelo Cedes e estão sendo geridos pelo Ministério da Educação. Eles têm a função de concentrar os esforços das universidades em suas localidades. Já existem CDRs no Sudoeste Paulista; na região de Campanha, no Rio Grande do Sul; e em Campina Grande, na Paraíba.

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Durante evento foram lançados dois Centros de Desenvolvimento Regional (CDRs) do Distrito Federal e do Triângulo Mineiro

O reitor Edward Madureira explicou que a UFG está acompanhando o processo e já se apresentou para receber também um desses CDRs em Goiás. O reitor fez um balanço positivo do evento que reuniu as principais lideranças da área e, segundo ele, todas as opiniões vão na mesma direção: " Todos concordam que o Brasil ainda tem muitas assimetrias regionais e elas só poderão ser corrigidas com a participação das universidades, que concentra 95% dos pesquisadores brasileiros", afirmou. 

Para o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), relator de estudo do Cedes sobre o assunto, a integração com a região traz muitas vantagens, como a criação de empresas juniores locais. Já o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Barone, explicou que o governo pretende apresentar logo resultados dos cinco projetos iniciais de CDRs. Ele defendeu um direcionamento maior das carreiras universitárias por meio do financiamento das agências de fomento: “Nós não podemos ter uma carreira cujo perfil seja puramente científico, que é o perfil dominante na carreira das nossas universidades federais brasileiras. Nós precisamos criar uma abertura maior, que não só valorize nesse perfil profissional atividades ligadas ao desenvolvimento das interações com a sociedade, especialmente com o setor produtivo, com as políticas públicas; mas também precisamos valorizar nos currículos acadêmicos dos nossos docentes tais atividades para fins do fomento a projetos em agências tradicionais”. De acordo com Paulo Barone, outras regiões que devem ser contempladas são a Amazônia, a fronteira pelo lado Centro-Oeste e o semiárido nordestino.
Adalberto Carvalho, da Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, disse que a pós-graduação no país ainda é muito centrada nas regiões Sul e Sudeste. Ele disse que pretende discutir agora uma maior valorização do item "inserção regional" nas avaliações dos cursos de pós-graduação brasileiros.

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Evento reuniu autoridades de diversas áreas ligadas a pesquisa como Finep, Capes e Cnpq

 

Fonte: Secom UFG com informações da Agência Câmara de Notícias (texto: Sílvia Mugnatto e fotos de Cleia Viana)

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