Foto: Carlos Siqueira

Clube de astronomia da UFG debate estações espaciais

Em 09/04/18 15:06.

Fundado em 2015, clube tem objetivo de popularizar a astronomia

Texto: Letícia Rocha
Fotos: Carlos Siqueira

O Clube de Astronomia Cecilia Payne, formado por estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG), realizou na última semana a primeira Roda de Conversa de 2018. O tema dessa edição foram as Estações Espaciais, de forma bem clara e didática, com o intuito de esclarecer questões sobre a astronomia. 

As reuniões do grupo são abertas a todo o público. Nessa edição, o que se discutiu foi o que são as estações espaciais, para que servem, o que as pessoas fazem nelas e demais curiosidades sobre o assunto. Afinal, respondendo a principal pergunta, o que é uma estação espacial? É basicamente uma estrutura artificial criada para que seres humanos possam permanecer no espaço. O assunto surgiu após a estação Tiangong-1, reentrar na atmosfera terrestre, após pouco mais de seis anos em órbita. 

Estudantes debatem sobre astronomia

É na estação que os cientistas podem desenvolver seus experimentos. Atualmente existe apenas uma estação em órbita, a Estação Espacial Internacional (EEI), que foi criada a partir da cooperação entre 15 países: os Estados Unidos, a Rússia, o Canadá, o Japão e, através da Agência Espacial Europeia (ESA), a Bélgica, a Dinamarca, a França, a Alemanha, a Itália, a Países Baixos, a Noruega, a Espanha, a Suécia, a Suíça e o Reino Unido.  

O Brasil chegou a fazer parte desse consórcio, mas como não cumpriu com as exigências do contrato, o país foi retirado da lista de fabricantes, o que também tirou a possibilidade de que cientistas brasileiros realizem experimentos na estação. Isso, segundo os participantes do clube, é uma grande perda para o país, pois impede que boas pesquisas na área sejam desenvolvidas de forma adequada e isso também interfere no desenvolvimento científico do país. 

Estudantes discutem sobre estações espaciais na UFG

O clube também debateu os impactos que o espaço causa nos seres humanos e citou o caso dos gêmeos Mark e Scoty Kelly, em que um dos irmãos permaneceu no espaço por 340 dias, enquanto o outro permaneceu na Terra. Ao fim do experimento, o homem que estava no espaço apresentou problemas de visão, perda de densidade óssea, dificuldade de circulação e um rosto inchado.

O clube foi fundado em 2015 e tem o objetivo de difundir a astronomia para todos, não apenas para a comunidade universitária. Eles realizam diversas ações para promover o tema: palestras, debates, visitas a escolas, observação ao céu etc. O clube funciona na sala 216 do Instituto de Física da UFG, no campus samambaia.  

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