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Transversalidade da matemática é tema de debate

Em 18/10/17 12:09.

Atuação profissional do matemático e a aversão à área geraram a reflexão dos palestrantes

Texto: Carolina Melo

Fotos: Ana Fortunato

A transversalidade da matemática foi o tema da mesa-redonda realizada na manhã dessa quarta-feira (18/10), durante a programação do 14º Congresso de Pesquisa e Extensão (Conpeex). O professor da Universidade de São Paulo (USP), Luiz Carlos de Castro Santos, apresentou as diversas áreas de atuação profissional dos matemáticos. Por sua vez, o professor do Instituto de Informática da UFG, Daniel Ventura, traçou a relação da matemática com a informática e suas aplicações práticas.

Segundo o docente Luiz Carlos Santos, há uma forte presença da matemática na indústria, apesar de atender por outros nomes. Mesmo a área e a função do profissional são desvinculadas do termo. “O último nome que chamam esses profissionais é de matemáticos”, disse. A distribuição das pessoas contratadas pela indústria na área do conhecimento é diversa, mas há o domínio da estatística. “Como nota, esse é um conhecimento importante para os futuros profissionais”.

Transversalidade matemática

Os docentes Daniel Ventura e Luiz Carlos Santos estimulam o debate

Finanças, indústrias farmacêuticas e serviços de negócios estão entre os principais contratantes. “Os profissionais optam por esse caminho, pois consideram a compensação melhor do que a academia e acreditam na oportunidade de crescimento na carreira”, afirmou o professor. Segundo ele, o estudo que mapeou essa realidade termina com algumas sugestões. “Em relação à formação, orienta os alunos a procurarem as habilidades mais exigidas na área, já em relação aos institutos de ensino, argumenta sobre a importância do contato com o ecossistema fora da academia”.

O professor Daniel Ventura, partiu do seu lugar de fala, enquanto professor de Informática, para traçar a relação com a matemática e as alterações no entendimento da programação aplicada às resoluções de diversos problemas e atuações do cotidiano das pessoas. Provocado a falar sobre a aversão da matemática pelas pessoas, professor Luiz Carlos lembrou que a área de conhecimento é a única que as pessoas não têm vergonha em dizer que não dominam. “Existe um momento em que as pessoas acham que aquilo não é para elas, pois não entendem sua efetiva aplicabilidade. Entender isso gera uma mudança de postura das pessoas em relação à matemática”, disse.

Fonte: Ascom UFG

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