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HC/UFG promove conscientização sobre Fibrose Cística

Em 20/09/17 08:09.

Centro de Referência em Fibrose Cística, HC/UFG realiza atividades durante o mês de setembro

Profissionais de Saúde do Ambulatório de Fibrose Cística do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promoveram no último sábado (16/09), às 16h, atividade ao ar livre no Parque Flamboyant, em homenagem ao Dia Nacional de Conscientização sobre Fibrose Cística, que ocorreu em 05/09.

A atividade reuniu pais e mães da Associação Goiana de Apoio ao Fibrocístico (Agafibro), médicos, nutricionistas, psicólogos e estudantes da Liga Acadêmica de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), que levaram banners e balões, caracterizados nas cores verde e roxo, e com dizeres sobre a doença. Nutricionistas do ambulatório serviram às crianças portadoras de fibrose cística comidas especialmente preparadas para elas. Em seguida, o grupo caminhou pelo parque.

Para a pneumopediatra e médica do Ambulatório de Fibrose Cística do HC/UFG, Lusmaia Damasceno Costa, momentos como este são duplamente importantes, pois contribuem para a conscientização dos profissionais e dos pacientes. "Os profissionais passam a ficar mais atentos para o diagnóstico precoce da doença e para o encaminhamento dos pacientes a um centro de tratamento especializado. Já os pacientes podem adquirir informações sobre a doença, o tratamento e as possibilidades de melhoria", explica a médica.

Fibrose Cística

Nutricionistas do ambulatório serviram às crianças portadoras de fibrose cística comidas especialmente preparadas

Pollianna Alves Campos é uma das mães que fazem parte da Agafibro. Ela é mãe do adolescente Alisson Campos de Araújo, 15 anos, que faz tratamento no HC/UFG desde que tinha um ano de idade. Pollianna conta que, desde o seu nascimento, Alisson não ganhava peso devido às constantes crises de diarreia e perda de sangue nas fezes. "Ele
teve que fazer transfusão de sangue com um ano de idade, mas hoje está bem, com a doença controlada", relata. Ela também conta que atualmente é bem mais fácil obter o diagnóstico da doença, que é feito pelo Teste do Suor e também pelo Teste do Pezinho (que obrigatoriamente tem que constar esse diagnóstico). "Na época em que ele nasceu, o teste do pezinho não dava esse tipo de informação", diz.

Segundo a médica Lusmaia Costa, na década de 30, a expectativa de vida de um paciente com Fibrose Cística era de dois anos, hoje são cerca de 40 anos. "A cura da doença ainda não existe, mas muitas ações podem ser realizadas para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, por isso é importante o diagnóstico precoce".

Pollianna relata que o atendimento ao portador de fibrose cística melhorou bastante no HC/UFG depois que foi criado o Ambulatório de Fibrose Cística. "O meu filho é acompanhado por pneumologistas, gastroenterologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais". Atualmente, o HC/UFG é um Centro de Referência em Fibrose Cística, que atende crianças, às terças-feiras pela manhã, e adultos, às terças-feiras à tarde.

"A maior causa de internação desses pacientes decorre de infecções pulmonares, por isso o HC possui um ambulatório que atende pacientes não internados que recebem acompanhamento de fisioterapeutas cardiorrespiratórios", afirma a fisioterapeuta do HC, Krislainy de Sousa Correa.

A programação organizada pela equipe também contou com outras atividades durante o mês de setembro, como aulas para os residentes da equipe multiprofissional do HC e para os Pediatras da Sociedade Goiana de Pediatria no Conselho Regional de Medicina (CRM).

Fibrose Cística

A atividade reuniu pais e mães da Associação Goiana de Apoio ao Fibrocístico, profissionais da saúde e estudantes

Fibrose Cística
A Fibrose Cística é uma doença grave, com comprometimento sistêmico, cuja sobrevida depende do diagnóstico precoce e do tratamento oportuno com equipe multiprofissional. Também conhecida como beijo salgado, é uma doença
geneticamente determinada, em que um casal que porta o gene tem 25% de chance de ter filhos com a doença e 50% de possibilidade de os filhos serem somente portadores do gene.

A doença atinge vários órgãos e sistemas devido ao aumento das secreções glandulares que ocorre por uma alteração do canal de cloro da superfície das células. Os sintomas mais comuns incluem o suor salgado, baixo peso, diarreia, tosse, pneumonias, sinusites, pancreatites e infertilidade.

O tratamento inclui medicamentos por via inalatória para tratar a doença pulmonar, enzimas para a absorção de gorduras, vitaminas, suplementos nutricionais, e outros a depender da manifestação. São também necessários exames periódicos para avaliação do grau de progressão da doença, teste genético para avaliar o tipo de mutação específica que poderá ser alvo de novos tratamentos. Tão importante como os medicamentos é o acompanhamento nutricional e a realização diária de fisioterapia respiratória, além de acompanhamento psicológico e apoio social.

É importante considerar alguns sintomas nas crianças que podem ser indicativos da Fibrose Cística: não ganham peso suficientemente; tossem muito desde o nascimento (tosse produtiva); tem pneumonias recorrentes; desidratam com
facilidade; apresentam diarreia crônica ou fezes gordurosas; suor salgado; apresentaram íleo meconial; prolapso retal; pancreatites recorrentes.

Fibrose Cística

A programação organizada pela equipe contou com outras atividades durante todo o mês de setembro

Sobre a Ebserh
Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Ebserh administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Fonte: Ascom/HC

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