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Nota da Reitoria UFG sobre a desocupação dos prédios

Em 20/11/16 20:41.

Reitoria se posiciona sobre a desocupação dos prédios e espera um retorno com tolerância, respeito às pessoas e à instituição

A UFG tem vivido nas últimas semanas um clima de intensos debates em torno da proposta de emenda constitucional, a PEC 241/55, que estabelece um novo regime fiscal para o Brasil, que em última análise congela os recursos da União e outras instituições de Governo, por um período de 20 anos.

No que tange à Educação, uma vez aplicada a regra de se corrigir os orçamentos dos próximos 20 anos pela inflação do período anual precedente, estaremos fadados a conviver com os atuais orçamentos, que já são bastante restritivos, e abrir mão de qualquer projeto de expansão e melhoria do sistema por um longo período de tempo. Existem razões de sobra para as justificadas preocupações com a aprovação desta emenda constitucional.

A comunidade universitária teve diversas oportunidades de debater e entender as repercussões da adoção deste novo regime fiscal. Os gestores, os membros da comunidade universitária, os sindicatos das categorias, cada um à sua maneira, manifestaram os seus posicionamentos em relação à PEC 241/55. Parcelas do segmento estudantil, em particular, adotaram como estratégia, para dar visibilidade à postura contrária à PEC, a ocupação de prédios da universidade, incluindo-se aí o prédio da reitoria.

Desde o início nos manifestamos pela desocupação dos prédios por entender que a ocupação causaria transtornos e prejuízos a nós mesmos e seria, como de fato foi, questionada judicialmente. A postura da reitoria sempre foi a de buscar o  diálogo franco e aberto como forma de encontrar saídas negociadas para situações conflituosas no ambiente universitário.

Grupos de professores, estudantes, técnico-administrativos e membros da comunidade externa à UFG, passaram a questionar a ocupação como instrumento para ampliar a adesão ao movimento contrário à aprovação da PEC 241/55 dentro e fora da universidade.

Conflitos começaram a eclodir entre grupos pró e contra a ocupação, em Goiânia e em Jataí especialmente, com real possibilidade de se colocar em risco a integridade física das pessoas. Tomamos conhecimento de situações de confronto entre grupos antagônicos em Jataí e de incidentes ocorridos no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), entre outros.

No último dia 18/11/2016, como forma de marcar o encerramento das ocupações, foram realizados atos, passeata e uma queima de pneus na área do Câmpus Samambaia. Nesta ocasião ocorreram situações de ofensas e constrangimentos direcionadas ao diretor, a uma professora e a uma servidora técnico-administrativa do ICB, bem como a professores do Centro de Línguas da Faculdade de Letras.

É essencial que todos os membros da comunidade universitária, professores, técnico-administrativos e estudantes, entendam a gravidade e complexidade do atual cenário e contribuam para o retorno as atividades na UFG dentro de um clima de tolerância, respeito às pessoas e à instituição.

Acreditamos que o debate sobre a PEC 241/55 deve provocar ações que, ao invés de aprofundar conflitos internos, aglutine a comunidade universitária e se materialize de forma concreta perante a população brasileira e que repercuta junto ao Congresso Nacional.

Fonte: Ascom UFG

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