Estudante Canadá

Estudante da UFG apresenta pesquisa sobre o Cerrado no Canadá

Em 22/07/16 09:44.

Estudo pode resultar em bioprodutos com potencial no controle de patógenos de plantas

Texto: Luiz Felipe Fernandes

O estudante do nono período do curso de Agronomia da UFG, Clemen de Oliveira, participou essa semana, em Montreal, no Canadá, da Reunião Conjunta da Sociedade Americana de Nematologia e da Organização dos Nematologistas da América Tropical. Clemen foi ganhador de dois prêmios internacionais – Bayer Travel Award e ONTA Foundation – e recebeu 1,3 mil dólares para participar do evento.

No encontro o estudante vai apresentar a pesquisa que desenvolve na Escola de Agronomia e no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG. O estudo busca explorar a variabilidade de fungos e bactérias do bioma Cerrado com potencial para o biocontrole de doenças de plantas. “Estamos fazendo um levantamento de micro-organismos do Cerrado para controlar doenças causadas por nematoides em plantas”, explica.

Estudante Canadá

Estudante do nono período do curso de Agronomia, Clemen de Oliveira já ganhou três prêmios internacionais com a pesquisa que desenvolve

Ciência Sem Fronteiras
O contato do estudante com pesquisadores norte-americanos se deu por meio do programa do governo federal Ciência Sem Fronteiras, em uma trajetória que uniu força de vontade e um pouco de sorte. Em 2013, Clemen foi selecionado para o intercâmbio em Portugal, mas foi realocado para Wisconsin, nos Estados Unidos. Como não dominava o inglês, usou as férias de verão norte-americanas para estudar o idioma intensamente.

Dedicado, Clemen iniciou um estágio em uma fazenda de uma família de judeus, próxima à cidade onde morava. O estágio foi realizado aos fins de semana, pois ele tinha aula durante a semana. Com uma disciplina denominada Estudo Independente, Clemen enxergou a oportunidade de cursar Nematologia em outra instituição, a Universidade de Minessota. Para se deslocar até o estado vizinho, conseguiu autorização do Departamento de Agricultura da Universidade de Wisconsin para usar o carro oficial da instituição. “Acordava cedo e dirigia 320 quilômetros por dia, todas as terças e quintas-feiras, pois eu tinha que cumprir 12 créditos em Wisconsin nos demais dias da semana. Era uma coisa que ninguém imaginava que fosse possível, ainda mais para um estudante estrangeiro”, conta.

No fim de 2014, Clemen concluiu todas as disciplinas com notas superiores a B (maior que 80%) e apresentou seu projeto de pesquisa no congresso local da universidade. Quatro meses depois, já no Brasil, seu orientador em Minessota o convidou para o Congresso da Sociedade Americana de Nematologia. Clemen submeteu seu trabalho ao Bayer Travel Award e ganhou 500 dólares, seu primeiro prêmio internacional. O estudante diz ter orgulho de levar o nome da UFG para eventos internacionais e de trazer conhecimento para a região do Cerrado.

Fonte: Ascom UFG

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