Curso de Imersão em Língua Portuguesa para Estrangeiros 1

Estrangeiros recebem diplomas de curso em língua portuguesa

En 18/03/16 12:49 .

Alunos participaram de várias atividades que visam facilitar a adaptação ao idioma e aos costumes locais 

Texto: Renato Rodrigues

Fotos: Adriana Silva

Estudantes estrangeiros que ingressaram para o primeiro semestre letivo receberam hoje, 18/03, os diplomas do Curso de Imersão em Língua Portuguesa oferecido pela Faculdade de Letras (FL/UFG). O objetivo do curso é ensinar expressões básicas do idioma e repassar instruções que facilitem a adaptação dos novos alunos à universidade e à cidade, incluindo como usar a biblioteca, o transporte coletivo e até mesmo o serviço de saúde de emergência.

As aulas começaram na segunda-feira passada, dia 14/03 e tiveram a duração de cinco dias. Ao todo, participaram 14 estudantes de sete países diferentes. São dois vindos da Suécia, dois da França, um da Espanha e os demais da Colômbia, Peru, México e Argentina.

No período de uma semana os estrangeiros participaram de várias atividades, entre elas de uma visita o Memorial do Cerrado da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Lá puderam conhecer como se deu a formação cultural de Goiás e detalhes sobre a influência dos índios, negros e europeus na gastronomia goiana.

O professor Giuliano Pereira de Oliveira Castro, especialista em português para estrangeiros e responsável pelo curso, explicou que a iniciativa vai além de propiciar um primeiro contato dos estudantes o idioma. “É mais curso de sobrevivência que de língua portuguesa” acrescenta. Ele ressalta que neste primeiro contato dos alunos com a universidade é fundamental que eles aprendam a se locomover, a como pedir ajuda, a fazer compras, a usar a biblioteca e a conhecer um pouco mais a cidade.

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Estudantes de sete países aprendem expressões básicas da língua portuguesa para facilitar o período de adaptação

Nas aulas, Giuliano prioriza o uso da língua portuguesa e em algumas situações utiliza gestos e até mesmo desenhos para que os estudantes tenham um melhor aprendizado do idioma. Entre os temas ensinados estão expressões básicas usadas no dia a dia, como a forma de pedir para ir ao banheiro, como explicar o endereço onde residem ou mesmo informar para outra pessoa o telefone de contato. “São coisas para nós muito básicas, mas para eles podem trazer muitas dificuldades neste período de adaptação”, esclareceu o professor.

A professora Ofir Bergemann, coordenadora de Assuntos Internacionais  da CAI, destacou que é uma exigência dos programas referentes à mobilidade internacional que a universidade dê como contrapartida o ensino da língua portuguesa. “Nós buscamos conciliar tanto esta responsabilidade de ensinar o idioma quanto de tentar facilitar a adaptação deles aqui”, pontua. O curso de imersão, segundo a coordenadora, é importante por não buscar apenas o ensino da língua, mas apresentar aos alunos algumas expressões importantes que serão significativas para a sobrevivência deles nestes primeiros dias em um país diferente.

 

Superação

O argentino Simón Lio, de 26 anos, está em Goiânia há oito dias e é calouro do curso de Direito. Ele firma que o curso o ajudou a conhecer um pouco de expressões importantes na língua portuguesa e também da cultura goiana. Simón também destacou a oportunidade de poder conversar com estudantes de outros países e conhecer um pouco da experiência de cada um. “Aprendi como me locomover na cidade utilizando o transporte coletivo”, comentou.

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Calouro de Direito, o argentino Simón Lio elogiou a troca de experiência entre os estudantes de vários países 

 

Mestranda em Matemática, a colombiana Angie Soares, de 24 anos, chegou à universidade há três semanas. Ela citou como mais importante que aprendeu nas aulas do curso de Imersão em Língua Portuguesa as expressões usadas no dia a dia, como pedir para usar o banheiro, como escrever em português o endereço e o telefone de contato. Angie elogiou a iniciativa em conhecer alguns locais que mostram como são os costumes como as comidas típicas de Goiás. “Gostei muito de conhecer o Memorial do Cerrado”, pontuou. 

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A colombiana Angie Soares, mestranda em Matemática, destacou a oportunidade de conhecer o Memorial do Cerrado 

Fuente: Asscom UFG

Categorías: CAI