Curta o Câmpus _3_Fotos: Adriano Justiniano

1ª edição do Curta o Câmpus mobiliza comunidade da UFG

Sur 24/09/18 14:25.

Projeto Curta o Câmpus é uma iniciativa da nova gestão da Universidade para estreitar o relacionamento com a sociedade também durante os finais de semana

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: Adriano Justiniano

Curta o Câmpus - 4 - Foto: Adriano Justiniano

Brincadeiras ao ar livre deram a tônica à 1ª edição do Curta o Câmpus

A Universidade Federal de Goiás (UFG) deu início ao projeto Curta o Câmpus no sábado (22/09), que promove atividades  culturais e de lazer gratuitas e abertas à população, sobretudo aos finais de semana, no Câmpus Samambaia. A primeira edição do evento contou com um público de aproximadamente 300 pessoas que aproveitou a manhã ensolarada de sábado com a família e amigos para fazer piquenique, empinar pipas, jogar frescobol e participar da oficina de bonecos, dentre outras atividades.

Cada grupo aproveitou ao seu modo. A família da Janice de Sá do Monte Lima, moradora da Vila Itatiaia há 11 anos, chegou cedo, cerca de uns 30 minutos antes do horário marcado para o início do evento. Estenderam mantas no chão, almofadas e preparam com capricho o seu espaço para piquenique que mais parecia um café da manhã. O grupo aproveitou a manhã toda e foi uma das últimas a deixar o local. Generosos, vez ou outra convidavam alguém a se servir.

Os três filhos da Janice passaram pela UFG. São formados em relações públicas, administração (está concluindo o mestrado), e o terceiro é aluno da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac). "A gente aproveita o câmpus ao máximo. Eu, meu marido e minha filha fazemos atividade física na Educação Física, que tem um projeto maravilhoso de qualidade de vida. Para nós isso aqui é tudo de bom", afirma. A novidade é que pela primeira vez foram ao câmpus para fazer um piquenique e aproveitar o Curta o Câmpus. "Adoramos. Vamos voltar nos próximos e trazer a galera também", adianta.

A Franciely Elena Martins de Sousa, moradora da região do entorno da UFG, foi com três crianças. Ela soube do evento por intermédio de uma aluna da instituição. “É diferente. As crianças puderam interagir umas com as outras e aprender coisas novas. É um evento próprio para elas. Coisa que Goiânia não tem muito. Foi divertido”, avalia.

Curta o Câmpus - 1 - Foto: Adriano Justiniano

Franciely: interação entre crianças

O fato de as crianças estarem se divertindo longe das telas de celular e notebook foi o que mais chamou a atenção de Erika Fernanda do Vale Nunes, que foi ao Curta o Câmpus com a filha (Rafaela, 7 anos) e o sobrinho ( Nicolas, 2 anos). “Aqui as crianças estão se divertindo de verdade, não estão na internet”, observa a moradora do Residencial Nossa Morada, que soube do projeto pelo perfil da Vila Itatiaia no Facebook.  

Curta o Câmpus - 2 - Foto: Adriano Justiniano

Erika com a filha Rafaela e o sobrinho Nicolas: uma manhã longe da internet

O egresso do Instituto de Informática (INF-UFG) Wanderson Paulo Medeiros aproveitou que aos sábados costuma levar a esposa para a aula da pós-graduação no Câmpus Samambaia para passear com o filho pequeno, Miguel Fellipe (10 meses). “Estou achando tranquilo. Estamos precisando desse convívio familiar hoje em dia para o Brasil”, acredita.

Avaliação

Na avaliação da pró-reitora de Extensão e Cultura, Lucilene de Sousa, essa primeira edição do evento por si só é uma confirmação de como a comunidade estava à espera de uma iniciativa como essa por parte da UFG. “É possível ver isso na alegria das pessoas, no retorno que temos tido dos participantes, querendo contribuir para as próximas edições. Isso mostra que estamos no caminho certo e por isso vamos dar continuidade, promovendo outras atrações”, afirma a pró-reitora.

“Esse é o primeiro de muitos e esperamos trazer cada vez mais pessoas da sociedade para conhecer e participar das atividades desenvolvidas na Universidade. Vamos analisar a recepção à iniciativa, pensar em melhorias para então definirmos a periodicidade, mas o nosso intuito é de realizá-lo mensalmente”, adianta a vice-reitora, Sandramara Matias.

O reitor da UFG, Edward Madureira, também aprovou a primeira edição do Curta o Câmpus. “Estamos felizes porque a comunidade respondeu ao nosso chamado. A comunidade da UFG, muitos professores do Câmpus Samambaia e do Câmpus Colemar, mas também muitas pessoas da região, dos bairros vizinhos vieram. Tudo em um ambiente muito tranquilo e amigável”.

“O importante é criar um espaço alternativo de lazer, mas também de cultura, de formação e, o que talvez seja o mais importante para a Universidade, é que a sociedade como um todo se aproprie da Universidade e adquiram o sentimento de pertencimento. De que a UFG é um lugar amigável para que as pessoas se sintam à vontade para frequentar durante toda a semana”, diz Madureira.

Um dos parceiros da UFG no Curta o Câmpus é o 47º Conselho Comunitário de Segurança em Goiânia (Conseg) da Vila Itatiaia. Os membros do Conseg ajudaram na realização do projeto e acompanharam de perto o desenrolar das atividades na manhã de sábado e já se comprometeram com os próximos. “Pelo primeiro dia está excelente. O objetivo é ampliar para a sociedade. Como temos vários grupos de WhatsApp, estamos fazendo vários registros e vamos mostrar às pessoas que a UFG é do povo é da população. O que nós estamos querendo é trazer o povo para cá”, afirma o conselheiro Marcelo Gomes de Deus.

Diversão e segurança

O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (PM Ambiental) de Goiás marcou presença no Curta o Câmpus com uma exposição de animais silvestres empalhados. Membros da unidade passaram toda a manhã conversando e tirando dúvidas das crianças sobre os animais e preservação da natureza.

O Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás realizou uma ação em conjunto com o Programa Educacional Bombeiro Mirim (Proebom) do município de Senador Canedo, que contou com uma palestra sobre a importância de se ter noções de segurança até na hora da brincadeira. As orientações dada pelo 2º sargento Manoel Meneses iam desde não brincar na rua e sim na calçada ou em espaços adequados para tal, até sobre os perigos de se empinar pipa em local inadequado, bem como dos riscos do uso de linhas com cerol e linha chilena. Prática que é considerada crime na legislação estadual (Lei nº 17.700/2012) e municipal (Lei nº 9.653/2015).

O sargento Meneses informou ainda que o número de motociclistas que são feridos no pescoço com linhas de cerol ou chilenas, anualmente é da ordem de 500. Há ainda outras 250 mortes registradas anualmente em decorrência de cortes no pescoço provocados por linhas de cerol. O Programa Anjos da Guarda, da Guarda Civil Metropolitana participaram do projeto Curta o Câmpus, em um espaço onde eram feitas pinturas no rosto das crianças.

Source: Secom UFG

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