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Estruturas efêmeras para ocupação de espaços públicos

Em 04/07/17 12:29.

Objetivo dos estudantes de Arquitetura é criar espaços afetivos para uso dos alunos, professores e funcionários

Texto: Carolina Melo

Entre as áreas verdes da Escola de Músicas e Artes Cênicas (Emac) e da Faculdade de Artes Visuais (FAV), estruturas provisórias formadas com bambus e tecidos convidam os transeuntes para uma pausa, uma prosa ou um descanso. Os espaços de convivência nas áreas abertas, construídas pela turma de calouros do curso de Arquitetura e Urbanismo, levantam a discussão sobre a ocupação de espaços públicos e formas criativas de habitação, para além da propriedade privada.

As construções são transitórias e intervêm no espaço urbano de forma fluída, estimulando a ocupação do espaço público para a convivência. “Chamamos a atenção para as potencialidades do espaço público e para as formas de se habitar no sentido mais amplo e não restringido aos limites da casa. São espaços informais efêmeros e sem um dono, aberto à convivência coletiva”, afirma a professora de Arquitetura e Urbanismo, Eline Caixeta. “Nesse momento de discussões sobre segurança pública, levantamos ainda a reflexão de que a ocupação e apropriação dos espaços pode ser uma maneira de garantir a segurança deles”, diz.

Estrutura provisória

Estrutura provisória

Estrutura provisória

Calouros de Arquitetura e Urbanismo apresentam a sua criação

Segundo a professora, a disciplina Introdução à Arquitetura entra no universo das formas arquitetônicas, a partir das discussões sobre estrutura, dimensões, forma, conforto e usos. "Os alunos fizeram o exercício de projetar, construir e adaptar o projeto às necessidades de sua execução”, explica. O bambu foi o material escolhido por ser acessível e de fácil manuseio.

As construções são transitórias, podendo ser montadas e desmontadas facilmente em espaços abertos. Na avaliação do professor de Arquitetura e Urbanismo, Fábio Lima, as estruturas têm caráter vernáculo, ou seja, construídas pelo saber popular envolvendo as tradições, cultura e matéria-prima locais. Esse é a segunda experiência da disciplina na construção em escala real. A primeira ocorreu em 2016 sob a coordenação do docente Bráulio Romeiro e uma das construções dos discentes recebeu uma menção honrosa pelo site ArchDaily.

Fonte: Ascom UFG

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