Estudantes aprendem genética de maneira lúdica

Texto e Fotos: Natália Moura

Em busca de uma nova forma de ensinar genética a estudantes do ensino médio, pesquisadores da UFG integraram ao 4° Congresso de Genética de Goiás, realizado na UFG de 24 a 27 de agosto, o projeto Genética na escola. Nele foram oferecidas oficinas sobre o tema visando um novo olhar dos alunos e professores ao ensino de genética nas escolas. Segundo a coordenadora do projeto e pós-doutoranda da UFG, Juliana Marino trazendo jogos e parte prática ao ensino, os alunos ficam empolgados,o que tem se mostrado melhor para aprendizagem do que uma aula convencional.

Estudantes participam de oficina de genética

A ficha de inscrição das oficinas foi distribuída no último Espaço das Profissões da UFG e os pesquisadores entraram em contato com quem demonstrou interesse. Ao todo 55 alunos, de escolas particulares e públicas, confirmaram sua inscrição e participaram das sete oficinas oferecidas. Segundo Juliana Marino, a escolha das oficinas foi feita de forma que fossem englobadas em diversas áreas do ensino em genética. Dentre elas estão oficinas sobre aves, extração de DNA, desmatóglifos, tipagem sanguínea, citologia e outras, que utilizaram jogos e atividades que cativam os estudantes.

A estudante do Colégio Waldemar Mundim, Karen Simões Cardoso, de 16 anos, conta que ficou sabendo das oficinas no estágio que faz no Instituto de Ciências Biológicas da UFG. “Eu faço estágio lá no laboratório do ICB I e quando soube da oficina achei muito interessante porque eu gosto muito de Biologia”, afirmou a estudante, que pretende cursar Biomedicina e participa de iniciação cientifica na UFG. Já a estudante do 3° ano do Ensino Médio do Instituto Federal de Goiás (IFG), Brenda Jesus Dias, ainda está indecisa com o curso que vai escolher, mas tem certeza que vai ser na área de biológicas. “Hoje eu vim aqui pra aprender”, finalizou Brenda.

Oficina de extração de DNA na cozinha reúne estudantes

Extensão

O Genética na Escola busca a partir dessas oficinas criar um projeto de extensão na UFG que leve o ensino de genética de maneira lúdica para as escolas de Goiás. “O resultado que a gente quer é trazer esse projeto de extensão para UFG, porque ele é o tripé da pesquisa na educação e em poucos lugares temos esse acesso a esse tipo de extensão”, explicou Juliana Marino que já participou de projetos similares em outras faculdades do país.

Juliana Marino ao lado da professora do ICB Lucilene Arilho e pesquisadores

Além dos estudantes do Ensino Médio, alunos de licenciatura em Biologia também participaram das oficinas. “Nós convidamos alunos da licenciatura para participar das oficinas do mesmo modo que os alunos do Ensino Médio, mas com intuito de que eles olhem de uma maneira diferente para o ensino de genética”, detalhou a coordenadora, completando que essa nova visão do ensino tem que partir dos alunos e dos professores.