Política de Segurança no campus Samambaia

Política de Segurança é discutida no Câmpus Samambaia

Em 24/06/16 16:49.

Com baixa participação da comunidade, comissão debateu propostas para o documento

Texto: Kharen Stecca

Fotos: Carlos Siqueira

O Câmpus Samambaia recebeu na tarde de sexta-feira (24/6) o quinto debate da série proposta para discutir a Política de Segurança da UFG. As Regionais Catalão, Jataí e Goiás, além do Câmpus Aparecida de Goiânia já realizaram debates com a comissão responsável pela política. No Câmpus Colemar Natal e Silva a audiência será na quarta-feira (29/6). Essa foi a primeira audiência em Goiânia, local onde a questão da segurança tem sido mais sistematicamente cobrada. No entanto, o debate teve uma baixa participação da comunidade, apesar do amplo convite e da grande demanda levantada pela comunidade por ações no ambiente do Câmpus Samambaia.

Política de segurança Samambaia 2

Professor Dijaci Oliveira apresentou as propostas já levantadas até agora na construção da Política de Segurança

O Reitor da UFG, Orlando Amaral abriu o debate destacando os últimos acontecimentos na universidade, com relação ao suposto estupro denunciado por um estudante nas redes sociais e também à explosão do caixa eletrônico no Centro de Aulas da Escola de Agronomia, no Câmpus Samambaia. Ele explicou que esses assuntos estão no debate da comissão: "Sabemos que a Política não vai tornar a universidade imune à violência, mas trará subsídios para que ela seja minimizada no longo prazo. Ele ressaltou a disposição da UFG em manter o diálogo com a comunidade.

O Diretor do Centro de Gestão do Espaço Físico (Cegef), Marco Antônio Oliveira, iniciou a reunião fazendo um resumo das ações de interlocução já realizadas com a comunidade durante todo o semestre e explicou que, finalizado o documento, ele deve ser apresentado para aprovação no Conselho Universitário.

As propostas elencadas pela comissão nas diversas reuniões foram apresentadas pela comissão. Um dos destaques é a infraestrutura, em especial, a iluminação e o monitoramento por câmeras. Outras propostas apresentadas foram: treinamento dos agentes de segurança; elaboração de protocolos de atendimento; humanização dos espaços com projetos de urbanização; promoção de atividades culturais, esportivas e de lazer; divulgação de práticas de segurança para a comunidade; ampliação dos serviços de atendimento à comunidade universitária; e o desenvolvimento de um aplicativo para monitoramento dentro do Câmpus.

No debate também foi levantado pelos participantes diversas sugestões. Uma delas é a contratação de vigilantes, inclusive no cargo efetivo que, segundo a Coordenadora Geral do Sindicato dos Técnico-administrativos em Educação do Estado de Goiás, Fátima dos Reis, não foi extinto. Ela colocou que é preciso fazer gestão junto ao governo com relação a essa questão. Outra sugestão foi a reabertura do Bosque Auguste Saint-Hilaire. Também foi levantado a criação de uma guarda universitária, a melhoria do transporte e da segurança nos pontos de ônibus, a melhoria do trabalho e da divulgação da Ouvidoria, entre outras propostas.

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Apesar do momento polêmico com relação a segurança do Câmpus Samambaia, a participação da comunidade no debate foi pequena

Baixa participação

Uma das reclamações com relação ao debate foi a baixa participação, mesmo com a divulgação realizada de forma sistemática pela comissão. O professor da Faculdade de Ciências Sociais, Ricardo Barbosa de Lima, ressaltou que temos que repensar a forma de comunicação dentro da Universidade pois, da mesma forma como esse evento foi divulgado e teve baixa participação, essa é uma realidade com todos os eventos da UFG: “Precisamos repensar nossa comunicação, criar um sistema de informação que funcione e que todos saibam como acioná-lo. A Universidade cresceu e precisamos repensar nossos mecanismos de controle e assumir essas escolhas”.

O reitor Orlando Amaral no final da reunião também destacou que as pessoas da universidade precisam conversar e que a reitoria está aberta ao diálogo. O servidor, Pedro Cruz, também lembrou que a participação, em especial estudantil, tem sido pequena desde o início dos debates e ressaltou que é preciso convocar a todos para buscar soluções para a universidade: “As pessoas têm que assumir seu papel de protagonismo”.

Fonte: Ascom UFG

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