Palestra aborda papel da pesquisa para o desenvolvimento do Brasil

Texto: Wanessa Olímpio

Fotos: Adriana Silva

A Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) da UFG realizou nesta quarta-feira,(25/11), a última palestra do ano referente ao Programa de Formação em Pesquisa. A temática Impactos econômico, social e intelectual da pesquisa acadêmica: liberdade acadêmica, indução da pesquisa, demandas sociais e econômicas foi abordada pelo professor Celso Pinto de Melo, do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco. O convidado apresentou o histórico da pesquisa e da produção científica no Brasil e as perspectivas para o futuro.

Segundo o professor, ao contrário do que se imagina, no exterior os pesquisadores brasileiros são bem vistos e com expectativas promissoras. Ele relembrou ainda que o desenvolvimento acadêmico no Brasil é recente, tem menos de 100 anos, enquanto em universidade como a de Harvard, nos Estados Unidos, pesquisas são realizadas a pelo menos 300. Apesar disto, "o nosso país está começando a aparecer no radar científico dos países estrangeiros", afirmou Celso de Melo. O professor destacou ainda que devido ao envelhecimento das populações dos continentes europeu e norte-americano, a procura por jovens qualificados em pesquisas de outros países aumentou.

O pesquisador defendeu também que para corresponder a estas expectativas, é necessário que o Brasil desenvolva uma agenda de pesquisa. Para isso é necessário enxergar o conhecimento como um fator estratégico para o desenvolvimento da nação, traçando metas e elencando prioridades de pesquisa. Reforçando este argumento, o palestrante citou países como a Finlândia, Japão, Coreia do Sul, que investiram em educação e na valorização dos professores para prosperarem na área das ciências de tecnologia e inovação. Ele também considerou a necessidade de pensar políticas de absorção dos profissionais qualificados no mercado. Segundo ele, o nosso país forma 11 mil doutores por ano, mas há uma incerteza de para onde vão esses pesquisadores para exercerem suas atividades.

O professor defendeu a necessidade de que a produção de conhecimento seja adotada como um fator estratégico para o desenvolvimento do Brasil