Pesquisa sobre violência nos câmpus da UFG

Divulgado relatório sobre a segurança nos câmpus da UFG

Em 14/07/15 09:44.

Estudo, que deve subsidiar a criação da política de segurança da instituição, aponta a Universidade como um lugar seguro

O sentimento de insegurança tem sido constante na sociedade e não demorou muito para que atingisse as pessoas dentro das universidades. Com o objetivo de conhecer os tipos, os níveis e como se dá a violência no âmbito da instituição, além da opinião e sugestões da comunidade acadêmica, a reitoria da UFG solicitou amplo diagnóstico à comissão interdisciplinar formada especialmente para tratar do assunto. O estudo, realizado pelo Núcleo de Estudos Sobre Criminalidade e Violência (Necrivi), mesclou metodologias quantitativas e qualitativas e foi estruturado em três frentes de trabalho para investigar a incidência de crimes e conflitos na UFG, o medo e sentimento de insegurança e a política de segurança em outras universidades.

De acordo com o relatório, foi possível identificar e analisar diversas ocorrências relativas a conflitos intersubjetivos, crimes e contravenções nos câmpus da UFG, incluindo as regionais (Catalão, Jataí e Cidade de Goiás), registradas tanto no âmbito interno da Universidade, quanto em delegacias de polícia competentes para averiguar crimes e contravenções na região em que os câmpus se situam. Foram utilizados dados disponíveis da UFG e da Secretaria de Segurança Pública de Goiás de dois períodos: 2005 a 2007 e 2011 a 2013. O primeiro período é imediatamente anterior à implantação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e o segundo, três anos após a sua implantação.

 

Reunião relatório sobre violência nos câmpus da UFG

Em reunião, pesquisadores da UFG discutiram com o Reitor os resultados do relatório, que serão debatidos com a comunidade acadêmica

O diretor da Faculdade de Ciências Sociais, Dijaci David de Oliveira, destacou que, apesar das ocorrências identificadas pela pesquisa, a universidade ainda está em situação mais segura em relação a outros locais da cidade e até mesmo do Estado de Goiás. "A violência lá fora é grande, aqui estamos em uma ilha de segurança", alertou o diretor. Um dos coordenadores técnicos da pesquisa, Ricardo Barbosa de Lima, declarou que o problema da insegurança na universidade é localizado em espaços onde a infraestrutura e serviços são mais precários, como é o caso do Bosque Auguste de Saint-Hilaire, no Câmpus Samambaia.

A pesquisa denominada Violência, conflitos e crimes nos Câmpus Universitários: Subsídios para a política de segurança da UFG, envolveu 31 pesquisadores sob a coordenação do diretor Dijaci David de Oliveira e do pesquisador Dione Santibanez. Para Dijaci David de Oliveira, "a partir dessa pesquisa será possível a realização de discussões internas para propor ações mais adequadas de combate à violência. Desdobramentos da pesquisa ainda continuarão sendo produzidos pelos pesquisadores da UFG", analisou.

De acordo com o reitor Orlando Afonso, a pesquisa "ajudará na elaboração de uma política institucional para a área de segurança e representa o início de outros trabalhos sobre o assunto". Após a entrega do relatório, a equipe da reitoria e os pesquisadores aprovaram a criação de uma nova comissão, composta por membros da comunidade acadêmica de todas as regionais da UFG, para dar continuidade às ações de combate à violência na UFG. Uma dessas ações será a organização de um seminário para amplo debate sobre o assunto na instituição.

 

Fonte: Ascom/UFG

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