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Centro de Excelência em Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar no Cerrado é inaugurado

Em 10/12/13 09:10.

Um dos objetivos do novo espaço será o desenvolvimento de inovações em pesquisas de etanol de segunda geração

Texto: Michele Martins

Fotos: Carlos Siqueira

 

Comunidade acadêmica e autoridades políticas acompanharam, no dia 9 de dezembro, a inauguração do Centro de Excelência em Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar no Cerrado, da Escola de Agronomia da UFG.

Com o apoio da Petrobras e da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), o Centro foi equipado com uma infraestrutura de equipamentos, laboratórios e recursos computacionais para análises, a partir da utilização de modernas técnicas de cultura de tecidos, marcadores moleculares, análises genômicas e análises físico-químicas de açúcares e fibras.

De acordo com o coordenador do Centro, Alexandre Siqueira, esse novo espaço marca o início de uma nova etapa de atividade de pesquisa dentro da Escola de Agronomia (EA-UFG). “A criação desse espaço faz parte de um projeto, que pretende contribuir para o desenvolvimento de cultivares (variedades de plantas geneticamente modificadas) capazes de serem utilizadas na produção de etanol de segunda geração sem a utilização de micro-organismos. A ideia é investir em uma tecnologia única no mundo”, declarou Alexandre Siqueira.

Derivado de um projeto de pesquisa financiado pela Petrobras e com o apoio da Ridesa, o Centro terá condições de juntar pesquisadores de diversas áreas, como fisiologia de plantas, melhoramento genético, genômica, bioinformática e estatística experimental, com o objetivo de desenvolver etanol de segunda geração a partir do desenvolvimento genético da cana-de-açúcar.

Na ocasião, o gerente da Petrobras, João Alberto Neto, declarou que a área de energias renováveis e biocombustíveis é uma das novas vertentes de investimento da multinacional, destinando, por ano, aproximadamente 50 milhões em pesquisas para o desenvolvimento de biodiesel, etanol de primeira e segunda gerações e de processos biotecnológicos. De acordo com João Alberto Neto, a Petrobras, em 2013, registrou a moagem de quatro milhões de toneladas de cana-de-açúcar e a meta para os próximos anos será moer sete milhões de toneladas. “Buscamos com esse centro de excelência uma maior competitividade na área de etanol por meio de tecnologia que reduz custos e aumente a produtividade”, defendeu.

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O reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, lembrou que a criação da Ridesa, há cerca de 20 anos, foi uma das grandes responsáveis para a ampliação e o desenvolvimento técnico-científico do plantio de cana-de-açúcar no país. “Na década de 1990, apenas cinco universidades brasileiras assumiram o protagonismo de continuar as pesquisas com o objetivo de promover melhoramento da cana-de-açúcar. Esse grupo cresceu para 10 instituições e houve a expansão do plantio da variedade de cana-de-açúcar RB (variedade brasileira), que ocupava 35% de área plantada, para 70% com a variedade RB. “Nos orgulha fazermos parte de uma rede de universidades envolvidas em pesquisas sérias e que apresenta resultados”, declarou o reitor.

Estava presente também na inauguração o governador Marconi Perillo. Ele lembrou que Goiás é o segundo Estado em plantio de cana-de-açúcar e em produção de etanol do Brasil: “Já produzimos mais etanol do que todos os Estados do Nordeste juntos”, informou. Marconi Perillo também anunciou a expectativa do Estado ser o maior produtor de energia limpa do país, com o investimento em pesquisas com o bagaço da cana-de-açúcar.

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Fonte: Ascom/UFG

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