Entrada principal da biblioteca do Câmpus Colemar é reaberta

 

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: Júlia Barros

A segunda semana de celebração pelos 65 anos da Universidade Federal de Goiás (UFG) começou com mais uma importante entrega não apenas para a comunidade acadêmica, mas também para a comunidade goianiense. É que depois de mais de 6 anos, a entrada principal da Biblioteca Seccional do Câmpus Colemar Natal e Silva (BSCAN), na 5ª Avenida, Setor Universitário, foi reaberta ao público na segunda-feira (15/12).  

O acesso havia sido fechado em novembro de 2019, por motivos de segurança enfrentados àquela época. Para entrar no local, os usuários precisavam se dirigir à guarita da Faculdade de Direito, na Avenida Universitária. O que levou a uma queda expressiva no número de usuários, estimada em mais de mil pessoas por dia, para cerca de 200 ou 300. Parte da comunidade acadêmica conseguiu se adaptar à mudança, mas a grande maioria dos usuários, que era da comunidade externa, ficou sem saber da opção e muitos chegaram a pensar que a biblioteca havia sido fechada.  

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, afirma que a decisão de reabrir é fruto de uma demanda da própria comunidade UFG, tanto de estudantes quanto da equipe que trabalha na BSCAN. “Chegamos em um ponto de maturidade suficiente para fazermos a reabertura e garantirmos a mesma segurança e a mesma qualidade da recepção necessária para abertura da porta central da biblioteca”.

Angelita complementa, afirmando que esta ação é fruto de uma decisão administrativa que requer um rearranjo administrativo e que foi tomada dentro do do Grupo de Trabalho de Infraestrutura da Universidade, o GT Infra. “Envolve as estruturas de infraestrutura, de tecnologia da informação, segurança, além da PRPG [Pró-Reitoria de Pós-Graduação], que é a nossa pró-reitora responsável pelas bibliotecas. É uma decisão intersetorial e colegiada para atender a uma demanda da comunidade e a nossa expectativa é que a biblioteca aqui da Praça Universitária, que é melhor localizada e tem um excelente acervo, seja acessada por todos com segurança”.

 

 

O vice-reitor e líder do GT Infra da UFG, Jesiel Freitas Carvalho, celebra a conquista que foi possível graças a mudança da metodologia de segurança adotada. “Antes a segurança era baseada em postos fixos, vigias e pouca tecnologia. O processo de reabertura é fruto de uma ação sistemática onde a Universidade adotou novas tecnologias de segurança. Hoje temos um sistema de segurança que é modelo para as universidades federais do País inteiro, quase 2 mil câmeras instaladas na Universidade com um monitoramento muito eficaz. Nós melhoramos muito e capacitamos a nossa segurança, temos também os profissionais treinados que fazem a segurança motorizada móvel e temos nos postos fixos, um sistema que utiliza tecnologia de monitoramento muito eficaz”, enumera.

Comunidade externa

A diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da UFG (Sibi UFG), Adriana Ribeiro, celebra a reabertura e destaca que a Biblioteca Seccional do Câmpus Colemar Natal e Silva (BSCAN) é uma das mais bem equipadas do Sibi e que serve a toda a comunidade e para o usuário externo e é importante para a disseminação do conhecimento. “Antes da pandemia, 50% dos nossos usuários vinham da comunidade externa e assim deve permanecer”. 

O secretário de Promoção da Segurança e Direitos Humanos da UFG (SDH UFG), Elias Magalhães da Silva, fala sobre as medidas de segurança implementadas. Uma delas foi a de colocar um controle de acesso no qual a pessoa da comunidade externa que chegar, poderá se cadastrar, pegar um cartão e acessar todo o espaço da biblioteca e que é devolvido na saída, ao ser depositado na catraca. Foi melhorado o monitoramento que é feito durante 24 horas. “Para a comunidade externa há também um portãozinho lateral por meio do qual o usuário consegue circular pela quadra [62], apresentando o crachá. Colocamos também um agente portaria para ficar no atendimento às comunidades externa e interna. Com esse sistema a gente conseguiu, com certeza, garantir a segurança para todos”. 

O titular da SDH disse ainda que “há sensores na recepção da biblioteca que contribuem no controle de saída dos livros, que possuem um sensor magnético. Se o livro não estiver desmagnetizado quando passar pela nossa portaria vai soar um sinal e o agente portaria vai solicitar que a pessoa volte de e faça o cadastro para o empréstimo do material. Todo sistema muito bem pensado e planejado acredito que vai ser um sucesso até pra trazer mais comunidade a participar da biblioteca".

Uma das mais animadas com a decisão de reabrir a entrada principal da BSCAN é a coordenadora-geral do espaço e bibliotecária, Márcia Queiroz Calil. “Os funcionários estão extremamente satisfeitos com essa novidade, que faz com que a biblioteca volte a ser um espaço democrático”, diz.

Márcia afirma também que durante todo esse tempo, havia um sentimento de faltar com a comunidade de forma geral, devido ao fato de o acesso ter ficado mais limitado. “Perdemos o nosso público, mesmo tendo feito várias iniciativas para que ele voltasse a frequentar o espaço”.

Sobre a Biblioteca Câmpus Colemar

A Biblioteca Seccional do Câmpus Colemar Natal e Silva (BSCAN), inaugurada em 2008, fica no Câmpus Colemar Natal e Silva, na Praça Universitária, Setor Universitário, com a entrada principal pela 5ª Avenida. É também possível o acesso pela recepção da portaria da Faculdade de Direito da UFG (FD UFG), na Avenida Universitária. O espaço funciona de segunda a sexta, das 7h15 às 22 horas. A BSCAN possui 4.417,28 metros quadrados (m2) de área construída destruída em três andares. Além do acervo de livros de diversas áreas do conhecimento, a biblioteca conta ainda com salas de estudos coletivas, totalizando 168 lugares e 168 lugares individuais para estudos. 

Os serviços prestados pela BSCAN incluem empréstimos e reservas, sendo o empréstimo domiciliar para estudantes de graduação e pós-graduação da UFG); pesquisa; treinamentos, com cursos de capacitação ao usuário; comutação bibliográfica (um serviço de colaboração entre bibliotecas que é feito quando a biblioteca intermedia com algum outro espaço o acesso a algum documento - artigos, teses, capítulos de livros - que não se encontra no Sibi UFG), eventos culturais; visita orientada a instituições; e acessibilidade e tecnologia por meio do Mini Laboratório de Acessibilidade Informacional (LAI); sala de jogos e até uma área específica para o usuário se alimentar.

Informações adicionais podem ser obtidas no site do Sibi UFG e no perfil do Instagram @sibi_ufg.

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