Treinamento brigada de incêndio UFG 4-10-22 (4)

CBMGO promove treinamento para brigada de incêndio da UFG

Em 05/10/22 10:59.

Objetivo é reforçar conhecimentos teóricos e práticos sobre equipamentos e combate ao fogo

Treinamento brigada de incêndio UFG 4-10-22

Equipe da Universidade é composta por membros da EA, SDH, EVZ e Seinfra 

 

Texto: Eduardo Borges

Fotos: Carlos Siqueira

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) ministrou na manhã da última segunda-feira (3/10) o curso sobre combate à queimadas para as brigadas de incêndio da Universidade Federal de Goiás (UFG). A equipe da Universidade é formado por membros da Escola de Agronomia (EA), Secretaria de Promoção da Segurança e Direitos Humanos (SDH), Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ) e Secretaria de Infraestrutura (Seinfra/UFG). 

O objetivo do encontro foi proporcionar uma troca de experiências, algo que foi ressaltado pelo secretário da SDH, Elias Magalhães, que considera que esse diálogo é importante para a segurança da UFG mas também dos próprios profissionais. O treinamento contou com atividades teóricas e práticas, com a apresentação de conceitos da área, tipos de vegetação e formas de combate a incêndios. Todos os participantes receberam certificado de participação.

Para a secretária da Seinfra, Poliana Paula Nascimento, os resultados são melhores quando há um trabalho em equipe. O secretário adjunto da Seinfra, Hiata Anderson, reforçando as palavras de Poliana, afirmou que a parceria com a SDH está se consolidando cada vez mais e eventos como este evidenciam o trabalho integrado que é promovido pela UFG.

Teoria 

Durante a aula teórica, o capitão Henrique Alves de Oliveira explicou o que de fato é um incêndio florestal, sendo especificamente todo fogo sem controle que incide sobre qualquer forma de vegetação, provocado por ações humanas ou naturais. No entanto, 99% das queimadas são de origem humana, sendo apenas 1% causadas por raios ou fatores naturais diversos. Isso evidencia que é necessário uma maior atenção para questões referentes à conscientização da população para que o cenário seja amenizado. Aliado a isso, é preciso que sejam intensificadas as ações de capacitação.

 

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Capitão Oliveira conduziu a parte teórica da capacitação, explicando conceitos e nomenclaturas

 

Também foram apresentados os principais fatores que influenciam o comportamento do fogo na vegetação, com o chamado "triângulo do incêndio florestal", composto por clima, topografia e vegetação. A topografia abarca altitude, relevo e inclinação do terreno. A vegetação se trata da umidade, tamanho do campo e composições gerais da flora. Já o clima se constituiu de temperatura, vento e umidade relativa do ar.

O capitão Oliveira usou como exemplo a floresta amazônica, que em sua área nativa é mais difícil ter queimadas por ser uma concentração de plantas muito úmidas. As queimadas nessa região acontecem sobretudo nos arredores, justamente por apresentarem menos umidade. O centro da floresta amazônica é considerada uma área com baixa taxa de inflamabilidade, ao contrário do Cerrado que é totalmente seco, sendo esta uma área com alta taxa.

Prática

A segunda parte do treinamento foi conduzida pelo tenente Ivalci Junio Martins França, que exibiu equipamentos de combate a incêndio e suas formas de uso. Voluntários puderam utilizar as ferramentas e tirar dúvidas, pois a equipe do Corpo de Bombeiros defende que não basta ter o equipamento sem instrução, já que se usados de forma incorreta, podem aumentar focos e colocar o combatente em perigo. 

Com isso em mente, a equipe do Corpo de Bombeiros doou abafadores para a UFG e explicou seu funcionamento. O equipamento é usado no combate direto ao fogo e se trata de uma tira retangular de borracha com furos acoplada em um cabo para que as áreas queimadas possam ser apagadas justamente com o abafamento, ou seja, a perda de oxigênio.

 

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Tenente Ivalci ministrou uma oficina de como utilizar um abafador

 

O tenente Ivalci também apresentou uma série de equipamentos motorizados, como o soprador, que contribui com a retirada do excesso de calor por meio da geração de ventos. Deve ser utilizado na área preservada soprando para dentro da área queimada para que o vento não espalhe chamas. No combate às queimadas também são utilizadas motosserras para eliminar obstáculos ou remover árvores comprometidas. Além disso, há a roçadeira, que é um equipamento perigoso por envolver lâminas. É basicamente um aparador de grama, sendo usado no incêndio para diminuir o tamanho da área florestal e impedir sua propagação.

Combate 

Para finalizar o treinamento e colocar em ação o que foi aprendido na junção de teoria e prática, o Corpo de Bombeiros promoveu uma atividade real de combate a incêndios. Um foco controlado foi gerado em uma área de vegetação da Escola de Agronomia da UFG, sob supervisão de profissionais. A intenção foi mostrar a efetividade dos equipamentos e quais os passos fundamentais para o sucesso de ações deste tipo.

 

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Participantes puderam pôr em ação o que aprenderam

 

O vigilante da UFG e membro da brigada, Sérgio Almeida, relata que já presenciou incêndios na Universidade e que ele e a equipe conseguiram controlar as situações. Com o treinamento, os membros vão poder tomar atitudes mais certeiras, pois com a devida instrução, o trabalho sempre melhora. 

O capitão Oliveira ressaltou que a equipe da UFG não é uma brigada profissional, mas é necessário ter noções teóricas e práticas sobre o comportamento do fogo e tudo que envolve o combate a incêndios. Destacou também que a UFG é o berço do conhecimento do Estado de Goiás e que por isso deve receber a devida atenção. O secretário em exercício da SDH, Elias Magalhães, agradeceu ao Corpo de Bombeiros pelo treinamento em nome da UFG e afirmou que este é o início de uma parceria que com certeza vai trazer bons frutos.

Fonte: Secom/UFG

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