live violência de gênero out-2021

Violência de gênero é discutida pela Comissão contra assédios

Em 26/10/21 13:55.

Campanha “Assédio, violência e preconceito: Aqui não!” é promovida pela UFG

live violência de gênero out-2021
Comissão de combate ao assédio tem caráter educativo e formativo 

 

Texto: Ana Luiza Abreu*

Foto: Reprodução YouTube UFG Oficial

A live teve início com a participação da vice-reitora Sandramara Matias, que preside a Comissão Permanente de acompanhamento de denúncias e processos administrativos relacionados a questões de assédio moral, sexual e preconceito da Universidade. A vice-reitora relembrou a criação da Comissão por meio da resolução 12/2017, que institui normas e procedimentos a serem adotados em casos de assédio moral, sexual e qualquer forma de preconceito. Segundo ela, “essa resolução foi um avanço extremamente significativo no que diz respeito ao enfrentamento dessas questões mencionadas no âmbito da universidade”. A palestra foi realizada na sexta-feira (22/10) e transmitida pelo canal do YouTube UFG Oficial.

A vice-reitora explicou que um dos papéis principais da Comissão é educativo e formativo, sendo assim, se busca trabalhar, discutir e propor ações referentes ao combate ao assédio moral e sexual, violência e preconceito. Nesse sentido, a realização da live se insere nesse contexto de discussão, mas com um assunto específico: a violência de gênero.

O professor Renato Tochetto, aposentado do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), iniciou sua fala destacando seu primeiro contato com o tema do encontro: “Eu trabalhei no Ministério do Trabalho por 35 anos, e comecei a me dedicar e conhecer esse tema a partir do momento em que eu assumi a Comissão de Igualdade”, que, segundo ele, visa o combate à discriminação no trabalho. No decorrer de sua fala, Renato citou a importância da declaração da Filadélfia, escrita em 1944, que tinha como proposta reafirmar os objetivos tradicionais da Organização Internacional do Trabalho, por oferecer ao ser humano liberdade, dignidade e igualdade de oportunidades.

Para Renato, o termo “gênero” remete às questões culturais e dialoga com o debate sobre o estupro, o machismo e o sexismo. Ele citou o exemplo de uma criança do gênero masculino, que possui uma construção social que diz que é errado demonstrar muitos sentimentos, que ser forte é adjetivo de quem não chora, logo tudo isso é estruturado na sociedade.

A professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Lúcia Rincon, argumentou que a situação das mulheres na pandemia se agravou mais, uma vez que o machismo piora a situação do assédio, porque as pessoas se sentem apoiadas em desenvolver essas atitudes. “Nós estamos no mundo que foi estruturado desde o surgimento da propriedade privada, com uma divisão social do trabalho, também com uma divisão sexual do trabalho que veio a se somar à opressão das mulheres”.

A palestra foi finalizada com as considerações finais da mediadora, a professora Maria Meire de Carvalho, que é membro da Comissão que acompanha denúncias de assédio na UFG. Para ver a palestra completa, acesse a palestra “Violência de Gênero” no canal oficial da UFG no Youtube.

*Ana Luiza Abreu é estagiária de Jornalismo sob supervisão de Carolina Melo e orientação de Silvana Coleta

Fonte: Secom UFG

Categorias: Reitoria Comissão de Assédio Notícias