Futuro da Enfermagem 2

Futuro da enfermagem é debatido em celebração ao Dia do Enfermeiro

Em 13/05/21 09:09.

Evento promovido pela Faculdade de Enfermagem traz discussões sobre minuta proposta por DCN

Futuro da Enfermagem 2
2 milhões de profissionais atuam na área de enfermagem no Brasil (Imagem: reprodução YouTube)

 

Texto: Augusto César

Em celebração ao Dia do Enfermeiro, a Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN/UFG) realizou a live “Os rumos da formação de Enfermeiros(as) prevista nas DCNs e a “ameaça” que significa a minuta nº 5 para essa formação” na quarta-feira (12/5).

O evento transmitido pelo canal oficial da UFG no YouTube contou com a mediação da professora Jacqueline Cordeiro e a participação das professoras Ivete Barreto, Claci Rosso e Cristiane Borges, além da estudante e presidente do Centro Acadêmico de Enfermagem da UFG, Evelin Silva.

A professora Jacqueline destacou a importância da enfermagem no Brasil, sendo a área com maior contingente na área de saúde, tendo 2 milhões de profissionais ativos. “A pandemia de covid-19 veio para mostrar, de forma mais intensa, o quanto a enfermagem tem trabalhado continuamente para que o cuidar das pessoas seja feito da melhor maneira possível, pois não se faz saúde sem recursos humanos qualificados”, afirmou. A mediadora do evento também compartilhou as exigências da classe por um piso salarial digno, algo que se espera há mais de 20 anos.

Já a professora Claci Rosso, que é também diretora da FEN, foi ao encontro do discurso de Jacqueline, destacando a importância de se ensinar não apenas os conteúdos práticos da Enfermagem, mas também a pensar os seus direitos como profissionais da Saúde. Claci criticou a minuta nº 5 da Diretriz Curricular Nacional de Enfermagem (DCN/ENF), afirmando que ela tirava direitos da profissão, tornando-a menos científica.

“Eu entendo que agora é um momento de luta”, afirmou Cristiane Borges, professora e Diretora de Educação da Associação Brasileira de Enfermagem, regional de Goiás (Aben-GO) . “A partir do momento em que estamos nos empoderando de conhecimento, nós temos elementos para defender a nossa profissão”, completou.

Em uma apresentação de slides no evento, Cristiane pontuou que a minuta foi refutada pela Aben-GO, devido ao fato de abordar de forma muito superficial pontos importantes da Enfermagem e por desvalorizar a importância do papel do profissional na sustentação de qualquer serviço de saúde, dentre outros motivos.

A professora Ivete Barreto, ex-presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), ressaltou as batalhas diárias enfrentadas pela classe trabalhadora no país. “Enfrentar desafios e fazer lutas tem sido a marca da Enfermagem brasileira, daquilo que a gente busca enquanto profissão, para ter a relevância condizente com o que fazemos e contribuímos no trabalho, na Saúde e na educação”, destacou.

A estudante Evelin Rodrigues, Presidente do Centro Acadêmico Andréa Ribeiro dos Santos (Caars/UFG), afirmou que para atender o momento pelo qual passa a Enfermagem no Brasil, é preciso entender a situação política do país, onde se há um sucateamento do Serviço Único de Saúde (SUS) e falta de investimento no saúde pública. “Nós como estudantes temos um papel chave neste processo, temos que lutar contra o obscurantismo em nossa formação, entender este papel de luta no nosso país”, complementou.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Notícias FEN/UFG