inteligência artificial

UFG é referência em projetos na área de Inteligência Artificial

Em 22/10/20 18:18.

Criações de estudantes e pesquisadores da universidade contribuem para diversas áreas da sociedade no país

Ana Lívia Rodrigues

Em 2020, a Universidade Federal de Goiás foi pioneira na implantação do curso de graduação de Inteligência Artificial. Estudantes da área têm criado projetos com objetivo de inovar e solucionar questões do cotidiano, desde criação de clones de vozes artificiais, robôs até mesmo inteligências capazes de corrigir redações e prever complicações de quadros clínicos em pacientes diabéticos. 

ceia

Na última quarta-feira, 21/10, Anderson Soares professor do Instituto de Informática da UFG (INF/UFG) e diretor executivo do Centro de Excelência em Inteligência Artificial de Goiás (Ceia) participou da programação do Conpeex na palestra “Inteligência Artificial em um mundo digital: uma revolução em curso”. Ele apresentou projetos desenvolvidos pela universidade por meio do Ceia em parceria com outras instituições.

Harpia é um sistema de reconhecimento biométrico facial criado pela UFG utilizado pela Polícia Civil para identificação de suspeitos e vítimas de crimes, e pode também verificar fraudes em documentos. Além disso, a tecnologia é capaz de detectar rostos após cirurgias plásticas ou em imagens passados vários anos.

Ademais, a IA trouxe benefícios para aprimoração de cuidados na área da saúde. “Nós implantamos uma solução em que a inteligência artificial consegue (...) dizer dentro de grupos de pacientes diabéticos quem vai sofrer amputação, ou um ataque cardíaco, ou entrar em hemodiálise daqui seis ou oito meses para frente. Sem ter acesso a nenhum tipo de exame e sem invadir a privacidade do paciente.” explicou o professor. Ele completou ressaltando que o projeto ganhou o prêmio Johnson & Johnson de Inovação na América Latina em 2019.

Para soluções na educação, juntamente com o governo de Goiás foi desenvolvido uma plataforma de correção de redações que auxilia os estudantes na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A IA permite a detecção de erros e correção automática dos textos. No momento, o projeto piloto está sendo implantado em duas escolas para fase de teste.

Na palestra também foi apresentada a clonagem de voz. Segundo o professor, com a tecnologia é possível sintetizar a voz de qualquer pessoa e a partir disso fazer ela falar qualquer frase com o comando. A ferramenta que recebeu o nome de Mr. Falante é um projeto de pesquisa de pós-graduação da UFG em parceria com a CyberLabs.

Desafios

Hoje existe uma demanda cada vez maior de especialistas na área de IA, visto que há disponível uma infinidade de dados que são os principais meios para o desenvolvimento dessas tecnologias.

Para Anderson Soares o assunto inteligência artificial gera muitas expectativas e interesse em um primeiro momento. Em controvérsia, há falta de profissionais capacitados. Essa carência de pesquisadores pode ser atribuída às realidades educacionais precárias do Brasil, principalmente em matemática. Esse fato seria um potencial causador de desinteresse na área que é baseada em matemática aplicada. “Apesar de ser muito cativante esses exemplos, esses produtos, essas soluções, a jornada de formação é um tanto quanto complexa.” apontou.

Fonte: Secom UFG

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