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Museu Antropológico lança revista Hawò

Em 23/06/20 09:52.

Retomada da publicação reforça o compromisso do MA/UFG com a inclusão cultural e social

Caroline Pires

 

Como parte das comemorações dos 50 anos do Museu Antropológico (MA/UFG), foi realizado ontem, 22/6, o lançamento da Revista Hawò. O objetivo da publicação é fomentar diálogos antropológicos, arqueológicos e de áreas afins de maneira interdisciplinar visando a inclusão cultural e social de forma geral.  Neste contexto a revista é entendida um espaço de divulgação de produção acadêmica e que exerce a função de promover, em último grau, a qualidade de vida ao povo goiano e a sociedade como um todo. Para o segundo semestre, está prevista mais uma edição da publicação. 

Durante o evento, o diretor do Museu Antropológico da UFG, Manuel Ferreira Lima Filho, lembrou que o órgão nasceu na esteira da construção da universidade e que tem o seu compromisso de inclusão social especialmente com indígenas, quilombolas e os grupos marginalizados. "O museu é um lugar de fruição cultural e de exercício de cidadania plena. A antropologia é o lugar do respeito a diversidade e da construção de um diálogo partilhado, sincero e de muita qualidade. Neste sentido, fazemos uma composição com o próprio projeto da UFG e suas ações de inclusão", destacou. Em seguida, o professor apresentou os artigos que compõe a publicação e agradeceu de maneira especial ao seu conselho editorial e a todos os envolvidos na realização do projeto. A retomada da revista começou a ser pensada no início da atual gestão, em 2018 e reuniu diversos pesquisadores de todo o país.

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Diretor do MA destacou que a Revista Hawò se soma as ações de inclusão da UFG

 

Diego Mendes, vice-diretor do MA/UFG, ressaltou que é fundamental a divulgação do conhecimento científico, especialmente o arqueológico, neste momento. "Sabemos que estes bens que contam histórias muito profundas das populações indígenas são fontes de informação fundamental", destacou. O pesquisador lembrou ainda que nos últimos 20 anos o Brasil viveu a consolidação de uma série de pós-graduações em arqueologia, o que denota uma demanda grande por periódicos neste sentido. "Com certeza a Hawò irá colaborar com todo esse processo graças a seu caráter interdisciplinar", concluiu.

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Vice-diretor do MA lembrou do crescimento de estudos na área de Arqueologia nos últimos anos no Brasil

 

Indira Caballero iniciou a sua fala agradecendo as parcerias e o trabalho de colaboração em toda a equipe e adiantou que no segundo semestre a revista colherá um dossiê com a colaboração também de pesquisadores de fora do país. Com o título "Corpo em dança: transformação ritmo e lugares", o dossiê irá apresentar discussões que abordem a dança em diferentes contextos, especialmente da América do Sul. "Queremos reunir trabalhos que mesclam um tema clássico mais que ainda temos muito o que ouvir. Assim, as dimensões estéticas, política e cosmopolíticas da dança serão discutidas", adiantou. 

Por fim, Cláudia Rocha, gerente técnica editorial da publicação, destacou que a revista já nasce focada na inovação pela disponibilização de vários recursos que não eram possíveis anteriormente. "A Hawò adota o modelo de fluxo contínuo que já responde ao modelo de muitas informações sendo geradas e produzidas o tempo todo. Então, a medida que os artigos são submetidos, aprovados, e diagramados, eles já passam a ser publicados sem esperar. Assim, a informação chega mais rápido", explicou. Ela adiantou ainda que a publicação trabalha para permitir maior integração com outros portais ou hiperlinks. 

A live foi transmitida pela YouTube do Museu Antropológico.  O evento contou a participação do Reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, do pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jesiel Carvalho, da pró-reitora de Extensão e Cultura, Lucilene Sousa, do diretor do MA/UFG, Manuel Ferreira Lima Filho, do co-editor da revista Hawò e vice-diretor do MA/UFG, Diego Teixeira Mendes, da integrante da Comissão Editorial, Indira Caballero,  e a gerente técnica editorial Cláudia Rocha. 

Abertura

Dando inicio aos trabalhos da noite, o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, ressaltou o papel do Museu Antropológico ao longo da sua história e afirmou que a Revista Hawò já nasce e tem na sua essência a perspectiva multidisciplinar. "Parabenizo a coragem, a ousadia e a coragem de toda a equipe do Museu Antropológico da UFG", frisou. Segundo ele, esse papel é extremamente relevante nos tempos atuais, especialmente no contexto de ataque e negação completa da ciência e da cultura. Já Jesiel Carvalho se uniu ao reitor para reforçar o empenho da defesa da cultura desempenhado pelo MA/UFG.

Lucilene Sousa lembrou que o MA/UFG é também um espaço de extensão. "A divulgação científica da Revista Hawò é um motivo de muito orgulho e não resta dúvida que em breve será destaque internacional, fruto da sua competência técnica", adiantou. Por fim, a professora lembrou o MA tem o reconhecimento do Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural Nacional (IPHAN) como instituição museológica em Goiás considerada apta para conceder endosso arqueológico. 

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Ao final, os participantes debateram questões enviados por chat

Fonte: Secom/UFG

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