Colóquio LGBT

Colóquio LGBTI+ discute diversidade e bem estar na universidade

Em 18/10/19 10:21.

Evento integrou programação do 16º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão

Texto: Débora Alves

Fotos: Carlos Siqueira

"Pelo direito ao bem viver" foi o tema escolhido para o primeiro colóquio LGBTI+ que aconteceu nos dias 16 e 17/10 na Universidade Federal de Goiás (UFG). O evento organizado pela Coordenadoria de Ações Afirmativas (Caaf) e pelo Coletivo TransAção faz parte do 16º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Coopex) e em seu primeiro dia de roda de conversas falou sobre "Vida LGBTI+ na academia: ensino, pesquisa, extensão e permanência". O evento foi realizado no Espaço de Convivência da UFG e recebeu a coordenadora da Caaf, Marlini Dorneles, a professora Luciene Dias, que também já coordenou o órgão, a estudante Iordana Lara e a pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis (Prae), Ana Cristina Rebelo.

O evento começou com uma homenagem à memória da professora do curso de Medicina que faleceu na semana passada, Mariluza Terra, que fundou e coordenou o Projeto Transexualidade (TX) do Hospital das Clínicas da UFG, que é um dos quatro do país que realizam a cirurgia de redesignação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e se tornou referência nacional e internacional na área.

Colóquio LGBT

Roda de conversa foi realizada no Espaço de Convivência da UFG, no Câmpus Samambaia

Luciene Dias, que faz parte da Caaf desde sua fundação, contou que o projeto começou em 2014 com um envio de uma pauta ao ex-reitor Orlando Amaral, com a criação da coordenação em 2015. Ela levantou no debate a necessidade da criação de novas resoluções, como por exemplo uma mudança no cardápio do Restaurante Universitário, que atenda quilombolas, indígenas e todos que o frequentam. "É preciso me ver em você, se eu estou no lugar de criação de políticas públicas", disse.

A representante da Prae, Ana Cristina, falou que a ideia do colóquio surgiu no fim de setembro, com o Bem Viver UFG, evento produzido pela Universidade que visou divulgar as ações de cuidado e bem-estar já desenvolvidas por toda a comunidade UFG e proporcionar um momento de autocuidado. De lá saiu a necessidade de discutir o acompanhamento envolvendo saúde mental, física e acolhimento.

Marlini Dorneles, comentou que a decisão do colóquio foi de um evento para dar voz, por isso foi organizada uma roda de conversa, onde quem compareceu pode contar suas vivências e experiências dentro da Universidade. Também participou do evento a coordenadora de Inclusão e Permanência (CIP) e do programa de inclusão da Caaf, professora Maria Bethânia Santos, que se disponibilizou a ajudar nas demandas levantadas pelos estudantes.

Colóquio LGBT

Participantes abordaram a necessidade de as demandas refletirem em políticas públicas

Fonte: Secom/UFG

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