Coletivo Meia Ponte é vencedor do Prêmio UFG Sustentável
Premiação ocorreu na abertura do Conpeex 2019, no dia 16 de outubro
Texto: Kharen Stecca
Fotos: Carlos Siqueira
Na abertura do 16º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex) da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi entregue a premiação da primeira edição do Prêmio UFG Sustentável, promovido pelo Projeto UFG Sustentável com a parceria da empresa Deode Inovação e Eficiência. O prêmio objetiva prestigiar atividades de sustentabilidade que se destacaram por suas características inovadoras de proteção, conservação, recuperação e cuidado com o uso racional dos recursos naturais.
O primeiro lugar geral ficou com o Coletivo Meia Ponte, grupo da Faculdade de Artes Visuais (FAV) da UFG, que organiza discussões sobre a ocupação urbana em torno do rio. O grupo começou com uma atividade em sala de aula e hoje tornou-se um projeto para estudar, refletir, conscientizar e propor ações para a criação de projetos que integrem a sociedade à natureza, para gerar uma revitalização no Rio Meia Ponte, através de intervenções que melhorem a qualidade de vida da população.
Segundo o coordenador do projeto e coordenador de Extensão e Cultura da UFG, Emiliano Godoi, foram 23 projetos inscritos no total. Confira os ganhadores por categorias:
Educação Ambiental: Coletivo Meia Ponte
O projeto “Coletivo Meia Ponte” é uma atividade de ensino, pesquisa e extensão iniciada no âmbito da disciplina Projeto 7 (FAV/UFG) que investigou as relações entre a Cidade de Goiânia e o Rio Meia Ponte, propondo a criação de um “coletivo” de arquitetura e urbanismo para servir como plataforma de divulgação e desenvolvimento de alternativas sócio-espacias sustentáveis, onde a natureza funcione como elemento de integração social e mediador de conflitos socioambientais.
Gestão de resíduos: Grupo ReciclaNutri
O Programa de Educação Tutorial do Curso de Nutrição (PETNUT) realiza a coleta seletiva de papéis na Faculdade de Nutrição e, em parceria com a Incubadora Social/UFG, os repassa para cooperativas reciclagem. A Incubadora Social da UFG atua como uma difusora do cooperativismo popular e da economia solidária através da capacitação e assessoramento dos empreendimentos dos catadores em Goiânia e regiões próximas, buscando gerar a emancipação dessas pessoas e de suas atividades no âmbito da coleta seletiva. Para a realização do projeto, são disponibilizadas, nos corredores da FANUT, caixas para o descarte de papéis. O recolhimento do material acumulado é feito a cada quinze dias por integrantes do PETNUT e destinado às cooperativas. Paralelamente, é realizada a conscientização dos alunos, servidores, técnicos e professores da Faculdade de Nutrição sobre a importância da reciclagem, coleta seletiva e qual a melhor forma do descarte de resíduos sólidos.
Mobilidade: Incorporação do resíduo da casca de ovo e sua avaliação no pavimento
As atividades realizadas neste projeto tiveram como objetivo estudar e avaliar a adição de um fíler mineral alternativo, obtido por meio do reaproveitamento do resíduo da casca de ovo, de forma a compreender a influência desse fíler nos materiais asfálticos. Para tanto, foram utilizados os resíduos da casca de ovo, produzidos pela lanchonete do campus da Engenharia, para obtenção do fíler alternativo. O material apresenta-se como uma alternativa eficaz na melhoria nas características do ligante e das misturas asfálticas, o que representam um melhor desempenho dos pavimentos.
Uso racional da água: Até a última gota: a falsa abundância da água
O projeto foi a exposição fotográfica “Até a última gota: a falsa abundância da água” que traz reflexões das principais problemáticas que envolvem as águas do mundo. Dentre essas problemáticas estão o uso exacerbado e imprudente desse recurso na produção agrícola, agropecuária, industrial, além do uso cotidiano e doméstico.
Uso racional de material de consumo: Estudo do perfil químico, do potencial antiofídico e de micropigmentação de mimosa gracilis utilizada na medicina popular pela comunidade coqueiros
Nesta ação está sendo realizado o estudo de micropropagação, do potencial anti-ofídico e do perfil químico de três variedades de Mimosa gracilis Benth, plantas oriundas do Cerrado brasileiro e utilizadas na medicina popular contra envenenamento por picada de cobra pela comunidade Coqueiros. Para a seleção destas variedades, foi realizado primeiramente um estudo etnobotânico nesta comunidade, a qual apontou a potencialidade da flora do Cerrado, fortemente ameaçada de extinção. Foi estudada a possibilidade de domesticação e micropropagação (cultivo in vitro) destas variedades, também o potencial antiofídico frente ao veneno das serpentes Bothrops diporus e Bothrops alternatus, alguns deles apresentando resultados promissores. Como contribuição social desta ação, está sendo elaborado um livro com descrições das espécies de plantas medicinais citadas pelos membros da comunidade Co- queiros, o qual será distribuído à comunidade e disponibilizado para a sociedade.
Confira a entrevista realizada pela Rádio Universitária com o professor Emiliano Godoi e também uma entrevista com o professor Camilo Amaral e representantes do projeto Coletivo Meia Ponte:
Fonte: Secom UFG
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