Reunião de diretores 24-7

Gestores discutem o Programa Future-se

Em 24/07/19 13:27.

Um seminário para aprofundar o debate sobre o tema será realizado em agosto

O reitor da Universidade Federal de Goiás, professor Edward Madureira, e a vice-reitora, professora Sandramara Chaves, realizaram nesta quarta-feira, dia 24 de julho, uma reunião com gestores da instituição para socializar informações sobre o Programa Future-se, lançado pelo Ministério da Educação, na semana passada. O encontro teve por objetivo fazer uma discussão preliminar e propor ações para o desenvolvimento de uma avaliação aprofundada do projeto e da proposta de lei correspondente, que será encaminhada pelo governo federal ao Legislativo. Um seminário sobre o tema deverá ser realizado em agosto. 

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Edward Madureira reiterou que os reitores e a Andifes não foram chamados para discutir o projeto anteriormente e que participaram apenas de reuniões de apresentação no dia do lançamento do projeto e no dia anterior ao evento. Segundo ele, durante a apresentação anterior ao lançamento, transmitido via Facebook pelo Ministério da Educação, tudo o que foi colocado não surpreendeu os reitores, pois eram exemplos de ações que as universidades já realizam. Afirmou que a captação de projetos da universidade já chegou a ter o tamanho do orçamento da instituição, no entanto, o dinheiro não é revertido para custeio da mesma, mas fomenta a economia do estado e do país.

O reitor ressaltou que, na primeira reunião de apresentação aos reitores, o MEC garantiu a gratuidade da graduação e da pós-graduação stricto sensu (mestrados e doutorados), que as carreiras de técnicos e de professores não seriam alteradas e que a natureza jurídica das universidades também seria mantida. Segundo o MEC, as Organizações Sociais (OS) ajudariam na gestão das universidades, como hoje já fazem. O professor citou o exemplo da RNP, que é uma OS responsável pela internet nas universidades, e da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), da qual a UFG ainda não possui projetos fomentados, mas pretende ter. Ele também explicou que foi perguntado se as fundações não poderiam fazer o papel dessas OS, mas não houve consenso entre os gestores do ministério sobre essa questão.

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Segundo o reitor, na apresentação pública essas informações não foram nem sequer citadas. Na consulta pública também apareceram novos elementos e o mesmo se deu na proposta de projeto de lei. "Para a sociedade ficou parecendo que há uma tentativa de modernizar e trazer recursos para as instituições, mas nos detalhes da proposta, há outras questões implicadas", explica. Para ele, o programa é a resposta do governo para o estrangulamento do orçamento provocado pela Emenda Constitucional 95, que trava os gastos do governo e que esmaga o custeio das universidades. "Essa proposta é um projeto econômico, muito mais do que de desenvolvimento da educação. A universidade já garante muito de sua manutenção por meio de captação de recursos, mas o orçamento do MEC visa garantir a manutenção básica como, por exemplo, energia e segurança". 

Ele ressaltou que o financiamento da universidade precisa, antes de tudo, ser garantido para que ela possa, por exemplo, assegurar a inclusão social. Explicou também que o fundo imobiliário que o governo pretende fazer pode começar a render na prática apenas a longo prazo, daqui 10 ou 15 anos. E, por último, ressaltou que qualquer proposta do governo precisa dialogar com o Plano Nacional de Educação - PNE. Também ressaltou que abrir mão da autonomia universitária está fora de cogitação.

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Ele esclareceu que projetos de lei costumam passar por diversas alterações no Congresso Nacional, como ocorreu, por exemplo, com o Plano de Reestruturação das Universidades Federais (Reuni) e a implementação da Ebserh nos hospitais universitários. "De qualquer forma, seja qual for o resultado, se aprovado o projeto de lei, a universidade será outra; precisamos lutar para que as futuras gerações possam ter acesso a educação pública, gratuita e de qualidade", ressaltou.

Os gestores decidiram formar um grupo de trabalho para estudar a proposta e para organizar um seminário. Decidiu-se, ainda, pela publicação de uma nota sobre o que a universidade já faz com relação às parcerias e à captação de recursos e o que ela defende como princípios e valores. 

Espaço das Profissões Itinerante - Durante a reunião, a pró-reitora de Extensão e Cultura, professora Lucilene Maria de Sousa, aproveitou a oportunidade para dar informes sobre a primeira edição do Espaço das Profissões Itinerante, que será realizada no dia 14 de agosto, no Jardim Curitiba. Ela convidou a todos a levarem representantes das unidades acadêmicas, de modo a ampliar a divulgação dos cursos oferecidos pela UFG junto aos estudantes do Ensino Médio. 

Fonte: Secom UFG

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