Reunião Capes

Reitor da UFG se reúne com presidente da Capes

Em 08/05/19 18:39.

Gestores debateram soluções diante do congelamento de bolsas na pós-graduação

O Reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira Brasil, se reuniu com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Ribeiro Correia, na tarde desta quarta-feira (8/5). O presidente veio à UFG a convite do reitor para debater possíveis soluções para o recente contingenciamento anunciado pelo órgão.

Após o bloqueio de  R$ 7,4 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC), a Capes comunicou que vai congelar bolsas que estão ociosas em programas de pós-graduação. Além disso, a concessão de novas bolsas será gradativamente reduzida para todos os cursos que têm nota 3 e que se mantiverem com esse índice na próxima avaliação.

Reunião Capes
Presidente da Capes, Anderson Ribeiro Correia, se reuniu na UFG com o reitor Edward Madureira Brasil, vice-reitora Sandramara Matias Chaves, pró-reitor de pós-graduação, Laerte Ferreira Guimarães e pró-reitor de pesquisa e inovação, Jesiel Freitas Carvalho

 

De acordo com o pró-reitor de pós-graduação da UFG, Laerte Guimarães Ferreira, que também participou da reunião, o uso das bolsas de mestrado e doutorado é dinâmico; ou seja, quando um bolsista conclui o seu mestrado ou doutorado, a bolsa é atribuída para um outro aluno. “Todo mês, a Capes abre o sistema para que possamos fazer esse remanejamento. Contudo, neste mês o sistema ainda não abriu e todas as bolsas que se encontravam disponíveis (independentemente do tempo de vacância) foram recolhidas pela CAPES”.

Na reunião, o presidente da Capes informou que, diante do contexto atual, é necessário agir rapidamente. Ele explicou que a Capes está fazendo contingenciamento diante de um cenário de incertezas. “A pós-graduação no Brasil cresceu muito nos últimos anos, mas o orçamento não acompanhou esse crescimento. Chegamos a um momento de inflexão”, justificou. Com relação aos cursos com nota 3, Anderson Ribeiro Correia sugeriu que os coordenadores considerem realizar uma fusão com outros programas, tendo em vista que o corte deve inviabilizar a manutenção das atividades.

Soluções

Apesar do cenário negativo, o pró-reitor de pós-graduação da UFG, Laerte Guimarães Ferreira, apresentou algumas soluções para tentar minimizar o impacto das medidas nos programas da UFG. Uma delas seria a possibilidade de remanejamento das bolsas entre os programas, o que evita as bolsas ociosas. Laerte destacou ainda que a pós-graduação da UFG foi uma das que mais cresceram no país, com um aumento de cerca de 100% no número de programas desde 2008, o que se reflete também no índice de produtividade. No ano passado, foram publicados quase 4 mil artigos científicos.

O pró-reitor afirmou que tem realizado um trabalho para melhorar a avaliação dos novos programas, que naturalmente são avaliados com notas 3 e 4 nos primeiros anos, assim como para garantir a qualidade e crescimento dos programas bem avaliados, com notas 5, 6 e 7. Recentemente, a PRPG lançou o Programa de Apoio à Gestão na Pós-graduação, com o objetivo de promover formação específica em gestão aos coordenadores e futuros coordenadores de programas.

O presidente da Capes destacou o crescimento da UFG no cenário regional. Segundo ele, a Universidade tem uma função estratégica no desenvolvimento de tecnologias para o agronegócio. O pró-reitor de pesquisa e inovação, Jesiel Freitas Carvalho, destacou que a UFG forma mais de 90% dos doutores em Goiás, tendo em vista que a maior parte dos cursos de doutorado do estado estão na instituição. Após a reunião, os gestores acompanharam o presidente durante uma visita ao Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CRTI), ao Parque Tecnológico da UFG e ao Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) e ao Laboratório de Microfluídica (IQ).

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