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DAD inicia Curso de Docência para professores em estágio probatório

Em 25/03/19 12:28.

O primeiro encontro presencial foi ministrado pelo reitor da UFG, professor Edward Madureira Brasil

Texto: Beatriz Oliveira

Fotos: Fabrício Vera

A Diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento de Pessoas (DAD) iniciou em 21 de março as atividades do Curso de Docência no Ensino Superior. Ele é ofertado para docentes que estão em estágio probatório, e é requisito indispensável para a finalização do mesmo. O primeiro encontro presencial foi conferido pelo reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira Brasil, e teve como tema “Ser professor na UFG: possibilidades e desafios”. Estavam presentes Ana Christina de Andrade Kratz, representando a Adufg, Rosângela Nunes Almeida de Castro, diretora da DAD, e o Pró-Reitor de Gestão de Pessoas (PROPESSOAS), Everton Wirbitzki da Silveira.

O encontro começou com uma apresentação musical do professor Flávio Henrique Vieira, da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação (EMC), e seu orientando de doutorado, Gilberto Lopes Filho, que também é servidor-administrativo da UFG. A dupla tocou músicas nacionais e internacionais na sanfona e violão. Em sua fala, a professora Rosângela os usou como exemplo de vínculo almejado pela Universidade; uma das propostas da criação da PROPESSOAS, disse ela, é acabar com as dicotomias professor/aluno, professor/técnico e técnico/aluno.

Apresentação musical curso docente 2019

Ana Christina Kratz fez uma breve apresentação da história da criação da Adufg e de formação da UFG, relacionando com o contexto histórico da época. “Nós prezamos muito o sindicato para docente. Ele é um lugar de luta, e participamos de todas as lutas em defesa da carreira, dos direitos e contra essa reforma da previdência”. Foi feito um convite a todos os presentes para participarem da Adufg. O pró-reitor Everton Wirbitzki da Silveira reforçou a observação da professora Rosângela, e disse que um dos objetivos da PROPESSOAS é a implementação de uma filosofia de humanização das relações dentro da UFG: “O pertencimento que a gente quer atingir deriva da predisposição de cada um de nós em se colocar sem preconceito na possibilidade de conhecer os nossos colegas, os estudantes, e toda a estrutura da UFG”.

Everton Propessoas

Ser professor na UFG

Edward iniciou sua apresentação com uma análise de conjuntura: “Parecemos viver de novo momentos em que os indícios são de que querem nos calar, querem atacar aquilo que a gente tem de mais sagrado, que é a liberdade de expressão, a liberdade de cátedra, a possibilidade de refletirmos e trazermos as nossas visões de mundo”. Edward defendeu que a Universidade é por natureza plural e laica, e que todos os matizes ideológicos estão aqui presentes, e as pessoas são livres para escolher a que têm mais afinidade.

O reitor organizou a sua fala em dois pontos principais: o papel das universidades enquanto instituição, e um conjunto de argumentos em defesa da Universidade. Ele salienta que é necessário garantir que as universidades públicas não percam a sua relevância: “Precisamos cada vez mais interagir com a sociedade por dois motivos: que sentido faz uma instituição do tamanho da UFG se essa força não estiver à serviço da sociedade? E essa interação é estratégica para a nossa sobrevivência, para a sociedade nos reconhecer como essenciais”. Ele ponderou que 90% do conhecimento novo é produzido em universidades federais: "Temos a responsabilidade de sermos referência em qualidade de ensino. E de fato somos, isso é inquestionável".

Curso de docente 2019

Estrutura do curso

A coordenadora do curso, Chaiane de Medeiros Rosa, disse que o seu principal objetivo é fazer com que os professores conheçam a UFG: “É um curso de docência no ensino superior da UFG. Por mais que já tenham experiência em educação, o que queremos é que eles experienciem esta Universidade que passaram a integrar. Que conheçam o regulamento, todas as normativas, os programas que a Universidade desenvolve, e tudo isso tentando abranger o ensino, a pesquisa e a extensão”.

Dividido em módulos, o curso tem três focos: encontros presenciais, oficinas e atividades culturais. “Temos um módulo que é mais teórico, com temas relacionados ao ensino e que consideramos relevantes para qualquer professor. O módulo dois tem uma diversidade de temas que eles podem escolher de acordo com as suas afinidades. E com o módulo três, a parte cultural, a nossa intenção é incentivar os professores a integrarem a Universidade, e ocuparem outros espaços além do ensino e da pesquisa. Como estimular os alunos a fazerem parte deste espaço se o professor, que é o exemplo pra ele, não faz?”, finaliza Chaiane.

Fonte: Secom/UFG

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