Gestão debate métodos de aprendizagem
Durante o evento, foi anunciada a criação da Comissão para Desenvolvimento do Ensino Criativo, Colaborativo e Inovador
Texto: Letícia Rocha
Fotos: Adriano Justiniano
A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Pró-Pessoas) e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) da Universidade Federal de Goiás (UFG) realizaram na última quarta-feira (08) um evento para discutir o Planejamento Pedagógico e Administrativo do segundo semestre letivo. A ação tinha como objetivo discutir sobre a melhoria nos processos de aprendizagem dentro da instituição e contou com a presença das pró-reitorias, de professores e alunos das mais diversas áreas do ensino.
Em uma apresentação geral do calendário de 2018/2, a Pró-Reitora de Extensão e Cultura, Lucilene Maria de Sousa revelou a data da 15° edição do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão - Conpeex, que irá ocorrer entre os dias 15 e 17 de outubro. O tema deste ano será sobre o uso da ciência para a redução de desigualdades. Uma novidade desta edição é que os estudantes dos Institutos Federais, da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC) também poderão participar do evento. Segundo a pró-reitora, foi pensada uma categoria específica para que esses estudantes possam apresentar seus trabalhos.
Vice-reitora da UFG, Sandramara Matias Chaves falou sobre a importância de reduzir os índices de evasão
Na ocasião, também foi apresentada a mais nova Comissão para do Desenvolvimento do Ensino Criativo, Colaborativo e Inovador. A comissão tem como principal objetivo, diminuir os índices de evasão da universidade, que são um problema da UFG e de tantas outras instituições de ensino, de acordo com a vice-reitora da UFG, Sandramara Matias Chaves.
Métodos ativos e colaborativos de aprendizagem
Um dos temas debatidos foram as novas formas de aprendizado. O professor da UnB, Ricardo Frageli, palestrou sobre o “Método Trezentos – aprendizagem ativa e colaborativa”, que foge do formato convencional e propicia um aprendizado com maior nível de aproveitamento. Neste formato, não apenas o conteúdo é melhor aproveitado, mas isso é feito de forma que os estudantes se sintam motivados a estudar e a aprender.
Professor explica dinâmicas criadas para melhoria do aprendizado.
O professor criou um método de ensino chamado Rei da Derivada para trabalhar com as turmas de cálculo. Trata-se de uma dinâmica em que os alunos têm de resolver questões em um determinado tempo, com duplas que alternam a cada rodada. Dessa forma, os alunos se socializam com todo a sala. Quem tiver maior número de acertos e mais agilidade é eleito o rei ou rainha da derivada.
A dinâmica foi tão bem-sucedida, que se tornou um evento na UnB e tem sido utilizada em inúmeras outras matérias e áreas, apenas seguindo a mesma lógica de funcionamento. Ricardo percebeu que, com as dinâmicas, os alunos se sentiram mais motivados a estudar e percebeu também uma melhora nas médias, mas ele queria diminuir ainda mais os níveis de reprovação e foi então que inventou o 300.
Nesse método, os alunos com as melhores médias são responsáveis por ensinar e ajudar aqueles que correm risco de reprovar. Criam-se grupos na sala de aula. Os que estão com a média baixa têm direito a uma segunda avaliação. A partir do método ativo e colaborativo de ensino, Ricardo conseguiu maior aproveitamento das matérias e os índices de reprovação em Cálculo I, que eram de 50% passaram a ser de 95%.
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