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Abertura do Dia C da Ciência reúne instituições goianas no IEG

Em 25/10/17 11:22.

Representantes de universidades e institutos públicos e privados foram unânimes em dizer que sem ciência não há desenvolvimento

Texto: Luiz Felipe Fernandes

Fotos: Carlos Siqueira

A programação do Dia C da Ciência movimentou Goiânia nesta quarta-feira (25/10). A abertura oficial do evento foi realizada no Instituto de Educação de Goiás (IEG), com a participação de estudantes e professores, além de reitores e pró-reitores de universidades e institutos públicos e privados do estado, que integram a mobilização nacional em defesa da ciência. O movimento teve a adesão de mais de 40 instituições de ensino e pesquisa de todo o país.

A pró-reitora de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Clorinda Soares Fioravanti, lembrou que as instituições goianas foram fundamentais para este movimento nacional, uma vez que foram as responsáveis por conceber a lógica de execução do evento. "A ideia é mostrar para a sociedade que as universidades e institutos, além de formar recursos humanos qualificados, também produzem ciência. E, acima de tudo, mostrar que a ciência muda a vida de todos", enfatizou.

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Pró-reitora de Pesquisa e Inovação da UFG, Clorinda Soares Fioravanti falou sobre a concepção do Dia C da Ciência

O objetivo do Dia C da Ciência, ainda de acordo com a pró-reitora, é mobilizar toda a sociedade contra os cortes na área de ciência e tecnologia. O orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, por exemplo. teve redução de 60%, o que inviabiliza pesquisas em todo o país. "Acabando com a ciência, encerra-se qualquer possibilidade de desenvolvimento econômico e social. Este é um grito de alerta para que nossos governantes entendam que investir em educação e ciência não é custo, é investimento. O futuro de qualquer nação depende de educação em ciência", enfatizou.

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Representantes de universidades e institutos públicos e privados participaram da cerimônia de abertura

Todos pela ciência
Os representantes das demais instituições de ensino superior presentes à abertura também ressaltaram a importância da ciência para o desenvolvimento do país. A presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Maria Zaira Turchi, pediu uma salva de palmas às universidades e aos cientistas goianos e incentivou os jovens estudantes presentes à cerimônia que se interessem pela pesquisa. No mesmo sentido, o reitor da PUC Goiás, Wolmir Amado, afirmou esperar que o espírito de unidade que marca o Dia C da Ciência contribua para que a sociedade tenha uma percepção mais ampla sobre tencologia e inovação.

Reitor em exercício do Instituto Federal de Goiás (IFG), Ruberley Rodrigues de Souza lembrou da história centenária da instituição na educação básica e superior, que sempre contribuiu para o desenvolvimento do estado. Já o reitor do Instituto Federal Goiano (IFGoiano), Vicente Pereira de Almeida, destacou o envolvimento dos câmpus no interior do estado nas atividades de divulgação científica, que vai encontro do papel da instituição de interiorizar o ensino.

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Reitor da UFG, Orlando Amaral deu exemplos práticos de como a ciência está no cotidiano de cada pessoa

O reitor da UFG, Orlando Amaral, conclamou os presentes a cobrar junto aos representantes em todas as esferas do poder público uma visão de longo prazo que permita mais investimentos em pesquisas científicas. "Todos sabemos das potencialidades desse país, com vantagens competitivas enormes em relação a outros países. Mas temos sérias deficiências em termos de infraestrutura, educação e formação de pessoas e entre as deficiências está a falta de cultura científica, desde a formação básica dos estudantes".

Paradoxo da divulgação científica
Também durante a abertura do Dia C da Ciência, uma palestra com o professor José Alexandre Diniz Filho, do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, abordou o que ele chamou de paradoxo da divulgação científica: como uma sociedade cada vez mais tecnológica precisa se esforçar tanto para divulgar a ciência e as pesquisas? Segundo o professor, a última grande revolução do planeta – a revolução industrial e científica – proporcionou um salto de crescimento populacional garantido por uma constante tecnológica. No entanto, o conhecimento científico construído em séculos passados é desconhecido por grande parte da população.

Uma das alternativas, de acordo com José Alexandre, é que a divulgação seja feita em uma linguagem mais compreensível. Também não é possível pensar na ciência dissociada do humanismo. Dessa forma, será possível manter a constante tecnológica positiva. "Sem ciência não vamos sobreviver como civilização. Esperamos que esse movimento permita que possamos nos conscientizar de que não devemos desistir de lutar contra a ignorância", finalizou.

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Estudantes do Instituto de Educação de Goiás acompanharam a palestra de abertura do Dia C da Ciência

Fonte: Ascom/UFG

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