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Lançamento da proposta para criação do Centro de Estudos, Monitoramento e Previsão Ambientais do Cerrado (CEMPA)

Evento

: Palácio Pedro Ludovico Teixeira

: 21 de Fevereiro 2020 às 10:00

Laboratório reúne governo, academia e entes privados para oferecer serviços de previsão do tempo e cenários climáticos com foco no desenvolvimento socioeconômico sustentável


A Universidade Federal de Goiás e o Governo do Estado de Goiás apresentam no dia 21 de fevereiro, às 10 horas no Auditório do Palácio Pedro Ludovico Teixeira a proposta de criação do Centro de Estudos, Monitoramento e Previsão Ambientais do Cerrado (CEMPA). O laboratório objetiva gerar estudos utilizando modelagem numérica e dados de satélite permitindo gerar com precisão e nível inéditos a previsão do tempo para toda a região Centro-Oeste (intervalos de 5 a 10 dias), cenários climáticos e modelos de produção agro climáticos, entre outros produtos. O Centro busca reunir academia, governo e entes privados buscando soluções para o desenvolvimento sustentável do estado por meio de tecnologias, serviços e políticas públicas .
A intenção é avançar no entendimento científico dos mecanismos que disparam e controlam os impactos das atividades humanas e produtivas do Cerrado. O CEMPA será responsável por estudos ambientais, monitoramento e previsão do comportamento da atmosfera, visando fazer do clima um aliado para o desenvolvimento socioeconômico ao invés de um fator limitante. O CEMPA irá agregar diversos profissionais e disciplinas já existentes na UFG, dentre outros parceiros institucionais, e incluirá novos profissionais especialistas em modelagem numérica de diversos componentes do sistema terrestre.
Entre os produtos a serem oferecidos pelo laboratório estão: previsão do tempo para o Estado de Goiás e entorno (5 a 10 dias); tempo em escala urbana para Goiânia e entorno; qualidade do ar, associada às emissões de queimadas e urbanas (1-3 dias); clima sub-sazonal a sazonal (1 a 3 meses); geração de cenários de impactos climáticos de mudanças do uso e/ou ocupação do solo.
Entre as aplicações possíveis destes dados estão projeções e estudos de potencial hidroelétrico, eólico e de energia solar do Estado de Goiás, apoio ao planejamento de localização de parques industriais, previsão do tempo em caso de desastres naturais e eventos extremos; e determinação de regime de precipitação e carga de água no solo, índices que auxiliam na agropecuária.
Pesquisadores - Entre os envolvidos no projeto estão dois pesquisadores vinculados ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Karla Longo e Saulo Ribeiro Freitas. Eles que estão há cerca de três anos trabalhando na Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e são pesquisadores de reconhecimento internacional. Saulo Ribeiro de Freitas foi um dos cientistas a frente do desenvolvimento do Modelo Climático Brasileiro, responsável pela previsão do tempo no Brasil. Na Nasa o professor tem grande protagonismo no desenvolvimento de um modelo climático global e recebeu o prêmio "Award for Scientific Achievement" por seu trabalho no grupo de modelagem e assimilação de dados climáticos (GMAO) da agência espacial norte-americana (NASA).