Confecção de cartazes capa

FIC debate preconceito na universidade

Em 29/06/17 13:36.

Atividade foi realizada pelo GT de Ações Afirmativas da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG

Texto: Carolina Melo

Fotos: Ana Fortunato

Qual o corpo você habita? Quais palavras e dizeres eles carregam? Qual o seu grito contido? Os questionamentos foram impulsionados durante o evento "Preconceito: não renove essa série", realizado na manhã desta quinta-feira (29/6) pelo Grupo de Trabalho (GT) de Ações Afirmativas da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da UFG. A troca de afetos e a convivência entre os discentes e docentes foi o caminho valorizado pela atividade para discutir o preconceito e as fobias sociais.

Um lanche coletivo, uma dinâmica corporal e a produção e afixação de cartazes foram realizados visando à elaboração e verbalização de dizeres em prol da diversidade e contra a opressão e o preconceito. Durante o exercício corporal realizado pelo ator e mestrando em Comunicação, Jackson Douglas Leal, os participantes foram chamados a escolher três palavras: uma que representasse o motivo de estarem ali, outra que refletisse o que afetava os presentes e, por fim, uma que ilustrava algum preconceito ou discriminação vivida. Ao longo da prática teatral, no momento de verbalizar tais palavras, o grito sobre o preconceito ou a discriminação foi o mais contido. "O objetivo da dinâmica foi propiciar o reconhecimento do corpo que a gente habita, a troca de afetos e o grito de basta. Chega de racismo, machismo, homofobia, lesbofobia, transfobia e todas as fobias sociais", explicou Jackson Douglas.

Dinâmica corporal

Técnica teatral

Dinâmica corporal promove a reflexão sobre as opressões sociais e estimula o reconhecimento do outro a partir do afeto

Na avaliação do calouro do curso de Jornalismo, Carlenio Pereira da Silva, além de envolver e propiciar a interação entre os presentes, a atividade foi uma oportunidade de falar sobre as fobias que geram repressão na sociedade. "Que a gente possa estar falando cada vez mais alto sobre essas fobias para que elas sejam tiradas de cena", disse.

O evento foi idealizado para atender uma demanda acadêmica. "A partir de uma agressão que ocorreu em sala da aula, começamos a pensar como fazer uma ação que pudesse gerar a reflexão e promover a convivência respeitosa às diferenças e às identidades", afirmou a professora e mestranda em Comunicação, Zanza Gomes.

Confecção de cartazes

Discente produz cartaz

Aluno produz cartaz

Oficina de produção de cartazes: vozes expressam o desejo de mudança

GT em Ações Afirmativas da FIC
Criado esse ano, o GT em ações Afirmativas da FIC é o primeiro idealizado e formalizado na Universidade. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Diferença (Pindoba) e presidente do GT, professora Luciene Dias, a universidade compõe a sociedade e reproduz todas as fobias sociais. "A universidade deve enfrentar o preconceito e aqui na Faculdade de Comunicação estamos dispostos a fazer isso não pela via do embate, mas pela afeição, repensando coletivamente o processo de aprendizado".

Fonte: Ascom/UFG