Mananciais

UFG avalia qualidade das bacias hidrográficas em Goiás

Em 26/04/17 10:33.

Estudo concluiu que 85% dos mananciais para abastecimento público possuem índice de qualidade ruim ou péssimo

Texto: Caroline Pires

Fotos: Carlos Siqueira

Qualidade da água consumida pelos goianos é tema de pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG). O estudo analisou dados de 126 bacias hidrográficas utilizadas em abastecimento público e concluiu que 85% delas podem ser classificadas como ruins ou péssimas no que se refere à qualidade ambiental. Os piores resultados são para aquelas localizadas no centro goiano e na região metropolitana da capital. Qualidade da água, perda do solo, baixa vegetação nativa e ocupação urbana são os principais fatores que influenciaram os resultados.

Com relação à perda de solo, as conclusões quase foram favoráveis à população. O grupo de pesquisadores do programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da UFG identificou que a maioria das bacias de captação apresentou fraca e moderada susceptibilidade erosiva, o que está bastante relacionado com o relevo de baixa declividade em todo o estado. Os mananciais mais bem conservados foram encontrados na região Noroeste, sendo diretamente relacionados com a porcentagem de vegetação nativa da região. No entanto,o grupo também identificou outras bacias que apresentaram susceptibilidade erosiva muito alta e severa.

“Como grande parte dos mananciais estudados foi enquadrado na condição de péssimo, ao analisarmos a qualidade da água, fica evidente a degradação das bacias devido ao processo de ocupação dessas áreas e da ausência de planejamento”, destacou o orientador da pesquisa, professor Klebber Formiga. Segundo o docente, os resultados obtidos reforçam a necessidade urgente de políticas de planejamento para as bacias hidrográficas de mananciais de modo a evitar que a ocupação humana desenfreada cause maiores prejuízos ao meio ambiente em Goiás.

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Pesquisa

A professora Karla Alcione Cruvinel explica que conduziu o estudo com base em dados de qualidade da água fornecidos pela Saneago. Em seguida, foram utilizados indicadores socioeconômicos e ambientais com o objetivo de estruturar um índice capaz de estimar o grau de qualidade ambiental das bacias hidrográficas. O índice foi construído com base em dados como a perda de solo, porcentagem de vegetação nativa, índice de qualidade da água e desenvolvimento dos municípios. “A metodologia estudada se mostrou eficiente e pode, a partir de agora, ser utilizada como instrumento de planejamento ambiental dessas áreas”, explicou a pesquisadora.

Fonte: Ascom UFG

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