Políticas Públicas FACE 03

Participação popular e políticas públicas são pautas de seminário

Em 28/11/16 17:23.

Especialistas nacionais e internacionais destacam a necessidade do envolvimento direto da população para construir as ações de cunho social

Texto: Vinícius Paiva

Fotos: Carlos Siqueira 

Pensando a necessidade de se debater como e por que implementar políticas públicas no país, foi realizada na tarde de hoje (28/11) na Faculdade de Administração, Contábeis e Economia (FACE) da Universidade Federal de Goiás (UFG), a abertura do primeiro Seminário Internacional em Políticas Públicas e Políticas Sociais, com o tema “Experiências e Práticas de Pesquisa de Campo”. O seminário debateu as politicas públicas, entendidas como diversas ações desenvolvidas pelo governo que visam garantir o direito a cidadania de todos os sujeitos da sociedade em todos os espaços e em qualquer âmbito, como seguridade social, cultural, étnica e econômica.

Para iniciar o debate, a professora da Universidade de Brasília, Sheila Cristina Tolentino Barbosa, ressaltou a importância de convidar a sociedade para a participação e depositar confiança na capacidade dos profissionais locais para a execução de boas políticas sociais. “É desafiador, podemos esperar diversos resultados, tanto positivos quanto negativos, mas isso provocaria uma maior participação da sociedade. A partir do momento que a sociedade se envolve nesse processo, ela também toma total posse dessas políticas”, afirma.

Políticas Públicas FACE 02

Evento foi promovido pelo Programa de Pós-graduação em Administração

Para auxiliar o processo de implementação de políticas públicas, o professor da Universidade de Maryland (EUA), David Crumpton, apresentou a importância de avaliar a implementação e a necessidade de cada política a partir do que ele chama de Modelo Ideal de Pesquisa. “É necessário nos perguntarmos o tempo todo sobre cada especificidade do projeto. Qual é o tamanho do problema que terá que ser resolvido, quais as características da população envolvida, quais serviços serão necessários, entre outras perguntas, para que se compreenda a necessidade em sua totalidade, a fim de que ela seja resolvida por completo”, explica.

“Precisamos fazer perguntas e obter respostas das partes interessadas o tempo todo", conta o professor. Ao explicar o modelo de pesquisa, Crumpton ressalta que essa consulta é uma ferramenta poderosa apara apoiar a democracia na hora de se elaborar e efetivar uma proposta de política público-social que contemplem e contenham os interesses específicos do grupo beneficiário.  “Os mais impactados quase sempre são os mais ignorados na construção do processo, eles precisam ser ouvidos”, afirma.  

Políticas Públicas FACE 01

Palestrante internacional destacou que a comunidade deve ser ouvida prioritariamente para a construção de políticas públicas 

Fonte: Ascom UFG

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