Participação popular e políticas públicas são pautas de seminário
Especialistas nacionais e internacionais destacam a necessidade do envolvimento direto da população para construir as ações de cunho social
Texto: Vinícius Paiva
Fotos: Carlos Siqueira
Pensando a necessidade de se debater como e por que implementar políticas públicas no país, foi realizada na tarde de hoje (28/11) na Faculdade de Administração, Contábeis e Economia (FACE) da Universidade Federal de Goiás (UFG), a abertura do primeiro Seminário Internacional em Políticas Públicas e Políticas Sociais, com o tema “Experiências e Práticas de Pesquisa de Campo”. O seminário debateu as politicas públicas, entendidas como diversas ações desenvolvidas pelo governo que visam garantir o direito a cidadania de todos os sujeitos da sociedade em todos os espaços e em qualquer âmbito, como seguridade social, cultural, étnica e econômica.
Para iniciar o debate, a professora da Universidade de Brasília, Sheila Cristina Tolentino Barbosa, ressaltou a importância de convidar a sociedade para a participação e depositar confiança na capacidade dos profissionais locais para a execução de boas políticas sociais. “É desafiador, podemos esperar diversos resultados, tanto positivos quanto negativos, mas isso provocaria uma maior participação da sociedade. A partir do momento que a sociedade se envolve nesse processo, ela também toma total posse dessas políticas”, afirma.
Evento foi promovido pelo Programa de Pós-graduação em Administração
Para auxiliar o processo de implementação de políticas públicas, o professor da Universidade de Maryland (EUA), David Crumpton, apresentou a importância de avaliar a implementação e a necessidade de cada política a partir do que ele chama de Modelo Ideal de Pesquisa. “É necessário nos perguntarmos o tempo todo sobre cada especificidade do projeto. Qual é o tamanho do problema que terá que ser resolvido, quais as características da população envolvida, quais serviços serão necessários, entre outras perguntas, para que se compreenda a necessidade em sua totalidade, a fim de que ela seja resolvida por completo”, explica.
“Precisamos fazer perguntas e obter respostas das partes interessadas o tempo todo", conta o professor. Ao explicar o modelo de pesquisa, Crumpton ressalta que essa consulta é uma ferramenta poderosa apara apoiar a democracia na hora de se elaborar e efetivar uma proposta de política público-social que contemplem e contenham os interesses específicos do grupo beneficiário. “Os mais impactados quase sempre são os mais ignorados na construção do processo, eles precisam ser ouvidos”, afirma.
Palestrante internacional destacou que a comunidade deve ser ouvida prioritariamente para a construção de políticas públicas
Fonte: Ascom UFG
Categorias: FACE Última hora