Congresso Anda UFG

Pesquisadores brasileiros debatem dança e emancipação

Em 16/06/16 18:20.

Assunto é tema do IV Congresso da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança, que ocorre na UFG 

A UFG está sediando a quarta edição do Congresso da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança (Anda). A abertura do evento ocorreu na manhã desta quinta-feira (16/6), no auditório da Faculdade de História. Para abrir a programação, que segue com atividades até o dia 18, a professora da Universidade Federal do Espírito Santo, Sandra Soares Della Fonte, ministrou uma conferência sobre Educação, Dança e Emancipação, cuja abordagem suscitou a participação de muitos pesquisadores presentes na plateia.

A abertura do congresso também contou com a participação do professor membro da comissão organizadora do evento, Rafael Guarato, de Silvia Bolf, membro da Anda, e da coordenadora do curso de Dança da UFG, Renata de Lima Silva, que saudou o público com uma poesia. “A dança é uma forma de amolecer os poemas duros do corpo”, afirmou. A declamação foi uma forma de desejar sucesso aos congressistas. “Espero que esse encontro potencialize a Anda e nossas pesquisas”, afirmou.  

Em seguida, o diretor da Faculdade de Educação Física e Dança da UFG, Ari Lazzarotti Filho, deu boas-vindas aos participantes e destacou o potencial do evento. Segundo ele, o Congresso é um marco para a UFG e principalmente para o Curso de Dança, ainda recente na Universidade: “Espero que essa oportunidade ajude na consolidação da nossa licenciatura e fortaleça a área em Goiás”.

Congresso Anda UFG

Pesquisadores destacaram a importância do evento para a UFG

 

Educação, Dança e Emancipação

Ao fim da solenidade de abertura, a palavra ficou com Sandra Soares Della Fonte. A professora destacou que, apesar de seu campo de pesquisa ser mais específico da área de Educação, a dança não deixa de fazer parte desse processo, visto que age como memória existencial. Para detalhar essa afirmação, a palestrante trouxe conceitos marxistas de trabalho, formação omnilateral e emancipação, além, é claro, de hipóteses sobre a relação desses conceitos com a presença da dança no ambiente escolar.

Segundo Sandra Soares Della Fonte, a escola tem a função de identificar e selecionar formas mais desenvolvidas de saberes, de converter esses conhecimentos em saberes sociais, capazes de serem assimilados pelos alunos, e de escolher os meios didáticos mais adequados para isso. “A escola é uma importante mediadora de saberes. Cabe ao professor direcionar essa mediação de forma a recuperar memórias sociais, transformar a vida dos alunos e ter sua própria vida transformada, construindo assim, novas histórias e conhecimentos”, disse.

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Para Sandra Soares Della Fonte, o ambiente escolar é ideal para construção do universo cultural

 

Ao abordar a dança nesse meio, a palestrante foi categórica: “Duvidem do que vou dizer”. Para ela, na dança os gestos não são apenas movimentos mecânicos ou musculares, eles escrevem no ar a história de cada ser humano, e como tal, como memórias vivas, merece ser estudada: “Técnicas corporais são produções humanas e histórias, que não devem ser tratadas como fim do ensino, mas devem potencializar a dimensão expressiva do ser humano”. Assim, segundo Sandra Soares Della Fonte, a escola que abraça o compromisso de humanização social, precisa abraçar o ensino da dança.

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Público aproveitou o momento para discutir conceitos e debater ideias com a palestrante

Fonte: Ascom UFG

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