Aula Inaugural do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da UFG

Aula inaugural de mestrado aborda inovações na saúde pública

Em 01/06/16 16:21.

João Ricardo Nickening, pesquisador da Duke University, explicou como a coleta e análise de dados podem trazer eficiência ao SUS

Texto: Camila Godoy

Fotos: Ana Furtado

 

Imagine uma pulseira capaz de aferir a pressão de pessoas o tempo todo e de enviar esses dados a um sistema que identifique o grau de risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares embasado nessas informações. Equipes de saúde analisam os resultados e entram em contato com as pessoas com alto risco para realização de exames e consultas preventivas. Parece um sonho mas já é realidade em um pequeno país que alia os recursos de bancos de dados, pesquisa e inovação. A proposta foi apresentada pelo pesquisador brasileiro da Duke University, João  Ricardo Nickening, durante a aula inaugural da 6ª turma do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da UFG, na manhã desta quarta-feira (01/06).

Pela primeira vez em solo goiano, o pesquisador explicou aos novos mestrandos como a coleta e interpretação de dados por meio de tecnologia computacional podem ter aplicabilidade nas políticas públicas de saúde. João Ricardo Nickening destacou as vantagens do Brasil ter o Sistema Único de Saúde (SUS) que compila uma grande quantidade de dados, diferentemente de outros países que têm sistemas dispersos. “Os dados nós já temos. Precisamos melhorar a análise das informações para embasar a gestão da saúde pública brasileira. Espero despertar em pelo menos algum de vocês a vontade de trabalhar com essa questão”, afirmou.

Aula Inaugural do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da UFG

João Ricardo Nickening apresentou experiências de outros países que utilizam tecnologia e inovação na saúde pública 

O palestrante acredita que o caminho mais viável para o Brasil melhorar a qualidade dos dados para a área é fazendo com que eles sejam coletados em tempo real. Para tanto, o pesquisador defendeu o uso da computação em nuvem e a redução da distância entre quem coleta e quem analisa os dados. “Para que as informações sejam intuitivas, a coleta e análise devem ocorrer em tempo real. Essa prática possibilita prever riscos e prevenir problemas de saúde”. Além disso, João  Ricardo Nickening deu dicas aos estudantes para melhorar a qualidade dos dados coletados em pesquisas acadêmicas.

Solenidade

A palestra de João  Ricardo Nickening fechou a solenidade de abertura da nova turma de mestrandos profissionais em Saúde Coletiva. O encontro reuniu professores, representantes da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás e da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e ex-alunos do mestrado, no auditório do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da UFG.

A  coordenadora do curso, Marta Rovery de Souza, apresentou a trajetória do programa na Universidade e fez um apelo aos gestores dos municípios para que eles apoiem os estudantes. “Nosso curso é realizado por profissionais da saúde pública e possibilita a transformação da prática. Eles podem levar ganhos reais à prestação do serviço nos municípios. No entanto, para que isso ocorra, é necessário apoiar o aprendizado em sua totalidade”. enfatizou.

Aula Inaugural do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da UFG

Marta Rovery de Souza recebeu os alunos e apresentou a história do curso 

 

A diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira, representando o reitor da UFG na solenidade,  desejou uma excelente estadia aos alunos e reforçou a importância da formação para a melhora da assistência à saúde no Brasil. Ponto abordado também por outros membros da mesa, como a superintendente de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS, Irani Ribeiro, que afirmou: “Precisamos de profissionais que gostem e entendam o SUS. Depositamos muitas expectativas em vocês e nos resultados que certamente colheremos”.



Fonte: Ascom UFG

Categorias: Última hora saúde pública SUS Big Data Inovação