Smart Campus

Aluna apresenta projeto de mobilidade para a Regional Goiânia

Em 01/03/16 16:28.

Proposta é criar soluções e equipamentos que conectem pessoas, tecnologia e meio ambiente

Texto: Luiz Felipe Fernandes

Fotos: Carlos Siqueira

Priorizar o pedestre e o ciclista, valorizar o transporte público coletivo, racionalizar o uso do carro, planejar as redes urbanas e aliar tecnologia e sustentabilidade. Esses foram os eixos temáticos que nortearam o projeto de mobilidade urbana e tecnológica que a estudante Maria Natália Alcântara, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Goiás (UFG), desenvolveu para o Câmpus Samambaia. O projeto Smart Campus foi apresentado à banca avaliadora nesta terça-feira, 01/03, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da acadêmica.

Maria Natália elaborou uma série de mapas e maquetes digitais em que propõe espaços e equipamentos que facilitem a mobilidade dentro do câmpus, com alternativas que contemplem o pedestre, o ciclista, o ônibus, o carro e que também abrigue espaços de convivência. “A proposta é conectar pessoas, tecnologia e meio ambiente”, ressalta.

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Maria Natália Alcântara realizou pesquisa entre a comunidade acadêmica para elencar as principais possibilidades de incrementar a mobilidade na Regional Goiânia

Por meio de uma pesquisa com 494 entrevistados, a estudante verificou que, embora a maioria das pessoas (51%) chegue à UFG de ônibus, a grande parte (76%) circula a pé pelo câmpus. Para esses pedestres, o projeto propõe instalação de passarelas, totens que informem a distância de um lugar a outro, mobiliário urbano que atenda às necessidades das pessoas e espaços de convívio, entre outras facilidades.

Para os ciclistas, Maria Natália projetou paraciclos e um sistema de compartilhamento de bicicleta, em que seria possível usá-la de um ponto a outro, inclusive entre os câmpus Samambaia e Colemar Natal e Silva, na Praça Universitária, por meio de um ciclovia. Outra proposta é estender as linhas de ônibus, com paradas equipadas com tomadas e conexão à internet.

Em relação aos carros, a ideia é, entre outras coisas, construir rotatórias elevadas e proibir estacionamento nas vias. Os locais de convivência também foram uma preocupação da estudante, com opções de uso dos espaços para instalação de pistas de skate e patins, academias e cinema ao ar livre e outros ambientes lúdicos.

Sustentabilidade
Todos os eixos do projeto Smart Campus foram pensados com base em alternativas sustentáveis e ambientalmente responsáveis. Passarelas, ciclovias, pontos de ônibus e rotatórias seriam equipados com placas fotovoltaicas, capazes de gerar energia com a luz do sol. De acordo com o levantamento feito por Maria Natália, o sistema proposto seria capaz de gerar 146% de toda a energia que hoje é consumida pela regional Goiânia da UFG.

Na mesma perspectiva, as passarelas foram projetadas com a possibilidade de captar água da chuva. “A mobilidade urbana é um assunto de interesse em qualquer cidade e o intuito do projeto é de plantar a semente desse novo paradigma para que ele possa dar frutos maiores”, considera a estudante.

A orientadora de Maria Natália, professora Érika Cristine Kneib, destacou o rigor científico e a profundidade da pesquisa realizada pela aluna que, segundo ela, geraram um projeto único que pode fomentar discussões acerca de melhorias que podem ser pensadas para a UFG. As professoras que compuseram a banca avaliadora – Christine Mahler, Adriana Mikulaschek e Luiza Antunes – também destacaram a densidade do projeto e sua aplicabilidade prática. “É um trabalho de excelência sobre um tema de extrema importância. É o câmpus que todo mundo quer”, resume Luiza.

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A estudante, ao centro, foi elogiada pelo rigor científico e alternativas sustentáveis

 

Fonte: Ascom/UFG

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