Erosão Hidrelétrica

Pesquisa avalia ocorrência de erosões

Em 16/02/16 07:49.

Estudo avaliou ocupação no entorno de reservatórios da Eletrobras-Furnas em Goiás e Minas Gerais

Texto: Monithelle Cardoso

 

O impacto de erosões no entorno de reservatórios de hidrelétricas tem sido pesquisado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Eletrobras-Furnas, que, desde 2013, desenvolvem o projeto “Monitoramento e Estudo de Técnicas Alternativas na Estabilização de Processos Erosivos em Reservatórios de UHEs”.Participam ainda da pesquisa professores da Universidade de Brasília (UnB) e profissionais de Furnas que acompanham o processo.

Três reservatórios estão sendo avaliados durante o estudo: Batalha, Itumbiara e Furnas. De acordo com o coordenador da pesquisa professor Maurício Martines Sales, o trabalho nesses locais envolve o estudo da situação atual para determinar o impacto das erosões, como poderia ser minimizado e o desenvolvimento de uma metodologia para que, nos próximos empreendimentos, os resultados colaborem para reduzir o processo erosivo.

O volume de solo transportado para o lago por causa das erosões pode acarretar a diminuição da vida útil de reservatórios. O estudo tem detectado que, entre os causadores do aumento de erosões, a ocupação no entorno dos reservatórios tem se destacado como a mais prejudicial para a sua vida útil. Conforme a população ocupa a área no entorno do lago, de forma inadequada, todo o sedimento e erosão no local caem diretamente no lago reduzindo a quantidade de água.

 

Vertentes

Dentre as propostas trabalhadas pelos pesquisadores, a educação ambiental tem sido fundamental para a pesquisa. Nessa vertente, os professores realizam cursos com a presença da população e profissionais de Furnas para explicar a comunidade o papel delas na proteção do entorno dos reservatórios.

A próxima etapa da pesquisa consiste em um estudo de efeito de onda dentro do reservatório para verificar o quanto essa onda agride o entorno do lago. Segundo o professor Sales, a junção de dois processos, a ocupação inadequada e o efeito de onda, pode potencializar a geração de sedimentos.

 

Fonte: Ascom/UFG

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