Comunicação

Profissionais discutem a importância da Política de Comunicação

Em 27/11/15 13:09.

Debate girou em torno da necessidade de uma política de comunicação integrada nas Instituições

Texto: Silvânia Lima

Foto: Adriana Silva

 

Cada vez mais a comunicação ocupa lugar estratégico nas organizações. Nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), muitas assessorias iniciam o processo de construção e implantação de sua política de comunicação. O assunto norteou a última mesa de discussão do Seminário de Comunicação Pública e Cidadania, na quinta-feira, 26, com a presença de Nádia Garlet, Relações Públicas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Adriana Souza Campos, coordenadora de Comunicação do Instituto Federal de Goiás (IFG), Douglas Ribeiro Romani, publicitário do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), e Francisco Daher, da TV Universidade Federal de Ouro Preto (TV UFOP). A mesa contou com a mediação da professora Daiana Stasiak, da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC/UFG) e coordenadora de Relações Públicas da Assessoria de Comunicação da UFG (Ascom/UFG).

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Profissionais de Comunicação de Ifes debatem questões a cerca de políticas de comunicação

Nádia Garlet apresentou o processo de construção da política de comunicação do IFSC, que durou 10 meses (dez/2012 a set/2013). Segundo ela, a necessidade de profissionalizar a área de comunicação, especialmente com os desafios postos em função da transformação dos Cefets e das Escolas Agriculas em Institutos Federais, no final de 2008, e de atender as novas demandas evidenciaram a urgência da construção de uma política de comunicação para todo o IFSC. Assim, ao longo de dois anos, os profissionais da área mobilizaram-se, sempre buscando envolver toda a comunidade, em torno de um projeto que trouxesse benefícios para todos, por meio da elaboração de diretrizes e normas que abarcassem a complexidade da instituição, definindo e reforçando a identidade institucional e o compromisso com as políticas públicas, facilitando os trâmites burocráticos e conferindo maior credibilidade ao trabalho desenvolvido pelo setor.

Dificuldades relacionadas ao extenso nome e à marca institucional dos institutos federais, padronizados pelo MEC, bem como às muitas mudanças ocorridas nessas instituições nas últimas décadas, foram apontadas pela coordenadora de Comunicação do IFG, como entraves à consolidação da imagem institucional do instituto que possui 14 câmpus em Goiás – apenas um deles não tem jornalista. “Uma de nossas primeiras ações foi criar o manual da marca e outros manuais virão”, garante Adriana Souza Campos.

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 Platéia composta por profissionais e estudantes de comunicação interagiu com os profissionais

Na visão de Adriana Campos, a política de comunicação vai auxiliar com diretrizes para a gestão atual e futura. “Estamos partindo de um documento já existente, esforço da jornalista que me antecedeu à frente da coordenação de comunicação do IFG, e seguindo com o desafio das demandas rotineiras, porque é necessário”, ressaltou Adriana Campos. “O grande objetivo é a sensibilização da comunidade e dos profissionais em torno de ações que coloquem em primeiro plano o interesse público. Precisamos refletir sobre o que é comunicação Pública? Por que estamos aqui?”, provocou os presentes.

 A política de comunicação como elemento de mudança da cultura organizacional foi a perspectiva trazida pelo publicitário Douglas Ribeiro Romani. Para ele, o setor de comunicação ainda não é visto como tático e estratégico. “Há necessidade de criar uma cultura comunicacional nas instituições, que redefina e valorize as ações da área como algo que está em consonância com os propósitos da instituição e que pode auxiliar muito além das ações rotineiras, como a confecção de materiais divulgação ou a intermediação com a mídia”, explicou.

 “Há várias culturas organizacionais na instituição, realidades diferentes nos diversos câmpus. Também é preciso que haja uma adequação da estrutura organizacional, para que se efetive a comunicação integrada, em que todos tenham papel definido na comunicação, e que trabalhem de forma conjunta”. Segundo Douglas Ribeiro, dessa maneira, a política de comunicação pode levar a uma mudança de cultura organizacional.

 Corroborando com os colegas, o jornalista Francisco Daher, da TV Universidade Federal de Ouro Preto (TVUFOP), disse que a política de comunicação é necessária como princípio norteador da área. Ele fez um convite às instituições presentes para integrar e Rede Saci (Sistema de Apoio à Comunicação Integrada), a qual já integra 12 Ifes de todo o país.

 

Fonte: Ascom/UFG

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