Projeto Sala de Espera

Portadores de diabetes recebem informações sobre a doença no HC

Em 13/11/15 17:44.

Projeto desenvolvido nas salas de espera do Hospital das Clínicas inclui atividades e jogos sobre o tema

 

No Brasil, as primeiras causas de hospitalizações e mortalidade são o diabetes e a hipertensão. Segundo o Ministério da Saúde, isso é explicado, em parte, pela baixa escolaridade e pouca educação em relação às doenças. Pensando nisso e observando a falta de informações dos pacientes de Diabetes tipo 1 no Hospital das Clínicas (HC) da UFG, a professora Rosana de Morais Borges Marques, da Faculdade de Nutrição da UFG, desenvolveu um projeto de educação para os pacientes.

O Projeto Sala de Espera ocorre nos corredores do HC com pacientes que estão aguardando atendimento. Neste momento, a equipe do projeto realiza atividades e jogos diferenciados para cada faixa etária, envolvendo informações sobre o tema. A equipe também aplica testes antes e ao término das atividades. De acordo com Rosana Marques, com o projeto houve uma melhora sensível nos conhecimentos acerca da doença entre os 75 adolescentes, dez crianças e 80 adultos cadastrados.

Como os pacientes retornam ao hospital para consulta médica regular de três em três meses, a professora explicou que cada tema do projeto tem a duração de um trimestre. "O primeiro tema é alimentação, o segundo insulina e o terceiro, que ainda será realizado, tem como foco o significado do controle glicêmico", disse.

Grupo de risco

Para Rosana Marques, os adolescentes são uma preocupação especial. Segundo ela, por ser uma fase da vida em que há muitas mudanças sociais e no corpo, é difícil aceitar hábitos novos e contingências difíceis. “Temos pacientes adolescentes que têm vergonha de levar frutas e aplicar insulina na escola. Mas, esse grupo merece muita atenção, visto que, ao ficar exposto à doença, os jovens ficam vulneráveis à sequelas” afirmou.

Projeto

O Sala de Espera surgiu no Ambulatório de Nutrição do HC, que realiza atendimento individualizado aos diabéticos. Durante os atendimentos, a equipe do ambulatório observou índices glicêmicos inadequados em 90% dos pacientes. Ao investigar a razão desse número, a equipe descobriu que eles aplicavam a insulina fornecida pelo Sistema Único de Saúde e realizavam o controle glicêmico, mas não entendiam seu significado, não se preocupavam com a alimentação e não sabiam que tinham de se preocupar com possíveis complicações da doença, como nefropatias, que altera os vasos sanguíneos dos rins, levando à perda de proteína por meio da urina, e retinopatias, que são lesões não inflamatórias da retina ocular.

 

Fonte: Ascom UFG

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