Severino Ngoenha

Biopolitica mundial é tema de conferência na UFG

Em 11/11/15 13:17.

Severino Ngoenha foi o convidado para iniciar as discussões do IV Simpósio Internacional de Ciências Sociais e da III Jornada de Museologia, que ocorre até sábado (14/11) 

Texto: Angélica Queiroz                                                                                                                                              

Fotos: Carlos Siqueira

O filósofo e professor do Departamento de Filosofia da Universidade Pedagógica de Moçambique, Severino Ngoenha, ministrou, na manhã desta quarta-feira (11/11), no Anfiteatro Lauro Vasconcelos, conferência de abertura do IV Simpósio Internacional de Ciências Sociais e da III Jornada de Museologia, evento realizado a cada dois anos pela Faculdade de Ciências Sociais (FCS). Na ocasião, ele compartilhou com as centenas de pessoas que acompanharam a atividade suas preocupações, em apresentação que ele chamou de “Desafios aporéticos do pensamento social”.

Público FCS

Professora Eliane Gonçalves mediou a conferência

Com o nome oficial “Que alternativas para a governação biopolítica mundial”, a conferência tratou da globalização e dos desafios da democracia. Em seu discurso, Ngoenha destacou que o caminho para combater a biopolítica passa primeira pela luta para que a democracia possa imperar. “Precisamos criar comunidades sempre mais fortes e lembrar que comunidade significa bens partilhados”, afirmou. “Se o mundo continuar dividido entre aqueles que crescem e aqueles que, por isso, não podem crescer, a violência vai substituir o diálogo e vamos viver, quase que inevitavelmente, num mundo cada vez mais parecidos com a Idade Média”, provocou.

Para o professor de Moçambique a política precisa ser independente e estar acima da economia, ao contrário do que tem acontecido. “Nós não podemos mudar o mundo global, então nosso desafio é encontrar uma via para uma nova globalização que não seja guiada pelos interesses egoístas no neoliberalismo”, opinou. Segundo ele, o mundo precisa de mais diálogo e tolerância. “E tolerância é uma palavra que tem dois antônimos: intolerância e indiferença”, completou.

palestrante FCS

Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Pedagógica de Moçambique, Severino Ngoenha

 

 

Abertura

Compuseram a mesa de abertura, o Reitor da UFG, Orlando Amaral, o diretor da FCS, Djaci Oliveira, o coordenador do evento, Pedro Célio Borges, o coordenador do Programa de Pós-graduação em Sociologia, Cleito Santos, o coordenador do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Camilo Braz e o vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência Política, João Botelho.

Reitor da UFG, Orlando Amaral lembrou a importância dos eventos da Universidade e falou de sua satisfação em, após a greve, ver a Universidade cheia novamente. “Muito bom ver a UFG a pleno vapor, fazendo debates importantes como este”, afirmou. Orlando Amaral ressaltou a presença do conferencista de abertura e outros participantes de outros países, lembrando a importância da internacionalização da Universidade, sobretudo na pós-graduação. “Temos muito a aprender, mas também muito a ensinar”.

Diretor da FCS, Djaci Oliveira pontuou que as atividades do evento devem nortear o pensamento dos acadêmicos sobre o que apresentar ao debate público em termos de preocupação, esperanças e expectativas. “Nosso desafio é pensar a sociedade e em como podemos contribuir apontando caminhos para trilhar de forma mais solidária e menos violenta”, provocou.

Para o coordenador do evento, professor Pedro Célio Borges, esta edição consolida o Simpósio, que teve mais de 180 trabalhos, escritos por mais de 200 autores, de 37 instituições. De acordo com ele, este é um espaço de unificação de todos os cursos da FCS, celebrando a diversidade e buscando identificação com aquilo que a Universidade carrega de inquietação.

Pedro Célio Borges também destacou que o momento também é especial para a FCS, que se consolida como uma unidade autônoma, em pleno crescimento. “Estamos conseguindo interagir mais e melhor dentro da UFG, tornando a nossa unidade mais ativa nos debates da sociedade”, afirmou.

Mesa FCS

Diretor da FCS fala durante a abertura do IV Simpósio Internacional de Ciências Sociais e da III Jornada de Museologia

Com o tema Ciências e Democracia hoje: desafios, controvérsias e perspectivas, o evento acontece até o próximo sábado (14/11) na UFG. Confira aqui a programação.

 Musica FCS

Atividade cultural “Do clássico ao sertão, tudo é violão”, com João Fernandes e participação do professor Sebastião Rios, abriu o evento

 

 

 

 

Fonte: Ascom UFG

Categorias: FCS Biopolítica Destaque