Estudantes de escolas públicas participam da 8ª Primavera dos Museus

O Museu Antropológico (MA) da UFG, em comemoração ao aniversário de 45 anos de inauguração, promoverá até o dia 26 de setembro a 8ª Primavera dos Museus,com apoio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). De 22 a 26 de setembro foram desenvolvidas atividades para os estudantes da universidade, alunos de escolas públicas de Goiânia e comunidade, em torno do tema Museus Criativos. Organizado pela direção do MA, por docentes e estudantes da Faculdade de Ciências Sociais, a programação do evento teve início com a projeção de imagens em outdoor OLHARES sobre Goiânia, atividade expositiva realizada pelos estudantes do curso de Museologia. E durante os dias do evento foram oferecidas oficinas com jogos educativos, músicas e uma mostra de cinema. De acordo com a diretora do MA, Dilamar Candida Martins, a proposta foi atrair um público diversificado e trazer dinamismo para o cotidiano Museu.

Projeção de imagens produzidas por estudantes do curso de Museologia no outdoor em frente à Praça Universitária 

Dilamar Martins lembrou que as oficinas já tiveram outras edições, quando foram ministradas na rede pública de ensino no interior do Estado de Goiás. Juntamente com as professoras Tatyana Beltrão, Ludimíla Justino e Weylla Bento, a equipe do Museu Antropológico já estiveram nas cidades de Luziânia, Jataí,São Simão, Itarumã e Serranópolis. Dilamar Martins conta que os professores de áreas específicas como Português, Matemática, História, e Geografia tinham o interesse e predisposição para ensinar arqueologia e museologia para seus alunos, porém não sabiam como. Diante disso a diretora percebeu a importância das oficinas e com um bom resultado final foi criado dois livros manuais, um para o auxílio do professor e outro para o aluno, que orientam o desenvolvimento das atividades em sala de aula.

Uma das principais característica das oficinas ofertada aos visitantes da 8ª Primavera dos Museus, foi a exploração de novas possibilidades de aprendizado. A ministrante da oficina Desvendando o Museu: os jogos educativos como recursos didáticos,Tatyana Beltrão, explicou que sua proposta é incentivar as descobertas entre os participantes por meio da sensibilidade e reforçar a preocupação com o meio ambiente dentro da temática de preservação ao patrimônio. A diretora Dilamar Martins completa que os conteúdos trabalhados nas oficinas reforçam a ideia de coletivo.

Projeto experimental

Em uma das oficinas foi apresentado um novo recurso a Maleta de Arqueologia do LabArq, produzida pelo estudante do curso de Museologia, Tony Boita, como recurso pedagógico para ser usada em atividades de educação informal. Para elaboração da maleta, o estudante utilizou materiais encontrados no acervo do museu, fichas do livro de atividades do aluno e parte da coleção de Iluska Simonsen, que é uma coleção assistemática com conteúdo de cunho educacional. Tony Boita diz que com esse recurso, pode-se trabalhar diversos temas como racismo e homofobia dentro do discurso do patrimônio apresentado historicamente por meio das fichas.

O projeto foi desenvolvido pelo estudante no período do seu primeiro estágio. Hoje pronto, a maleta foi apresentada para professores das escolas públicas durante as oficinas e, segundo o estudante, os professores têm se mostrado entusiasmados. Depois de aprovada, a maleta poderá ser utilizada em escolas públicas por professores que tiverem o interesse de abordar a Arqueologia e Museologia no contexto didático educacional.