Aula inaugural do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica

Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica é inaugurado na UFG

Em 18/09/14 12:38.

Curso integra projeto da Rede Cegonha para formação de profissionais no atendimento humanizado materno-infantil

Texto: Serena Veloso

Fotos: Carlos Siqueira

O Brasil é atualmente um dos países com maior índice de partos cesáreos no mundo que ultrapassam o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse quadro reflete a própria cultura do atendimento à saúde da mulher no sistema de saúde brasileiro, mas, ao mesmo tempo, instiga a necessidade de mudança deste cenário a partir da instituição de políticas públicas que valorizem a assistência humanizada à mulher no processo do parto e nascimento.

Com esse intuito, em 2011 o governo federal criou o programa Rede Cegonha, que organiza, a partir de ações estratégicas, uma rede para assistência e cuidados à saúde da mulher e do recém-nascido. Para fortalecer o trabalho desenvolvido pelo programa e qualificar profissionais para atuarem nos serviços de saúde a partir da concepção humanizada de atendimento, a Faculdade de Enfermagem, em parceria com a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em convênio com o Ministério da Saúde, inaugurou nesta quarta-feira, 18 de setembro, o Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica – Rede Cegonha.

Aula inaugural do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica

Flaviana Vieira acredita que o curso contribuirá para valorizar a assistência humanizada à mulher gestante, desde o pré-natal ao pós-parto

A UFG é uma das 18 instituições de ensino federais em todo o país que integra o projeto de formação de enfermeiros obstetras. “Nós acreditamos que com um maior número de profissionais capacitados no mercado de trabalho esse panorama em relação aos tipos de parto, a forma como essa mulher é colocada para parir e como é recebida nos serviços de saúde irá mudar”, comentou a vice-coordenadora do curso de especialização, Ana Karina Marques Salge.

Durante a aula inaugural, a coordenadora do curso, Flaviana Vieira, ressaltou que ainda são grandes os desafios na mudança tanto da formação quanto da prática dos profissionais da saúde. “No Estado de Goiás temos poucos enfermeiros obstetras. Precisamos deles para atuar, não só parto, mas na assistência à mulher em todo o seu período gravídico e ao recém-nascido no seu período neonatal”, enfatizou.

Parceria

O projeto dos Cursos de Especialização de Enfermagem Obstétrica – Rede Cegonha foi implementado pela UFMG em 2012, com financiamento do Ministério da Saúde (MS). A Escola de Enfermagem da UFMG é uma das referências na área em todo o Brasil e é responsável, por meio do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública, pela gestão e definição das diretrizes pedagógicas e didáticas. Atualmente, os cursos disponibilizam 304 vagas distribuídas em cinco regiões do país, destinadas para enfermeiro que atuam nos serviços de saúde, principalmente os vinculados à Rede Cegonha.

Aula inaugural do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica

Elysângela Dittz explicou que a criação do curso em todo o país procura atender uma demanda de qualificação de profissionais como preconiza a Rede Cegonha

A integrante da coordenação do curso de especialização da UFMG e tutora do curso na UFG, Elysângela Dittz Duarte, também presente na aula inaugural, destacou que o curso objetiva também integrar as estratégias da Rede Cegonha para redução da mortalidade materno-infantil e melhoria na qualidade de vida tanto da mãe quanto do recém-nascido, por meio da cidadania. “Temos um importante papel que é o de produzir uma experiência que será replicada em outras instituições”, afirmou.

A pró-reitora de Cultura e Extensão (Proec) da UFG, Gisele Ottoni, representando no ato o reitor da UFG, Orlando Amaral, parabenizou a iniciativa da gestão da FEN e acredita que o projeto contribuirá para minimizar os problemas do atual modelo de atendimento à mulher, por meio da humanização.

Também estiveram presentes no momento, a diretora da Faculdade de Enfermagem, Virgínia Visconde Brasil, a coordenadora de pós-graduação latu sensu da FEN, Maria Alves Barbosa, e a representante da coordenação da área técnica da saúde da mulher no MS, Maria Eliane Liégio Matão.

Fonte: Ascom UFG

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