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UFG busca reversão de cortes de mais de 1.500 bolsas da pós-graduação

On 12/07/22 13:15 .

Universidade e fóruns de pró-reitorias buscam apoio de parlamentares no Congresso

Texto: Versanna Carvalho

A Universidade Federal de Goiás (UFG) é uma das instituições federais de ensino superior (Ifes) atingidas pelo mais recente corte orçamentário sofrido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Caso o bloqueio de recursos não seja revertido, no mínimo 1.500 bolsistas de mestrado, doutorado, pós-doutorado e residentes da área da saúde da Universidade podem ficar sem receber o pagamento das bolsas do mês de dezembro. Somadas, essas remunerações equivalem a aproximadamente R$ 4 milhões.  

Desde o primeiro momento em que a possibilidade de corte foi cogitada, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da UFG, em conjunto com o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop) e o Colégio de Pró-Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Copropi), procurou se inteirar da veracidade da informação e de como esses cortes estavam sendo feitos no Ministério da Educação e na Capes. A principal preocupação era a de mensurar o impacto dessa medida para os mestrandos, doutorandos e residentes. 

O pró-reitor da PRPG, Felipe Terra, afirma que a pró-reitoria e a Universidade ficaram atentas e articuladas junto a esses fóruns, mobilizando as representações políticas no Congresso Nacional e também por intermédio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). 

Na avaliação do gestor, esses bloqueios precisam ser revertidos com urgência a fim de evitar prejuízo aos beneficiários. “O impacto pode ser desastroso não só na atividade da pesquisa em si, mas também no cotidiano dessas pessoas que na grande maioria dependem única e exclusivamente dessas bolsas para viver”, destaca.

Felipe Terra explica que a Capes é muito rigorosa com relação aos mestrandos,  doutorandos e pós-doutorandos, impedindo o acúmulo de bolsas de pós-graduação com outras fontes de remuneração. “Essas pessoas dependem exclusivamente dessas bolsas para pagar aluguel, alimentação, transporte, saúde, todos os gastos pessoais, além do que investem academicamente”, ressalta.

Pós-graduandos

O público que pode ser atingido por este contingenciamento é composto por estudantes que já são graduados, estão fazendo cursos de pós-graduação nos níveis mestrado, doutorado e pós-doutorado na UFG e recebem bolsa da Capes. O corte também afeta aos residentes de Medicina, de residentes multiprofissionais em áreas da saúde. As residências são cursos que também estão em nível de pós-graduação. 

De acordo com a PRPG UFG, no mínimo 1.231 bolsistas de mestrado (560), doutorado (641) e pós-doutorado (30) da Capes estão na iminência de ficar sem receber a remuneração referente ao mês de dezembro de 2022. O mesmo pode ocorrer a pelo menos 437 residentes integrantes da Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde - Coremu (187); e da Comissão de Residência Médica - Coreme (250).

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Source: Secom UFG

Categories: Notícias PRPG