Inaugurado laboratório de estudos Hidrológicos e de Geotecnia Ambiental
Novo prédio vai atender principalmente aos dois programas de pós-graduação da EECA
Texto: Mariza Fernandes
Fotos: Carlos Siqueira
A Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA/UFG) inaugurou, na tarde desta quinta-feira (17), o laboratório do Centro de Estudos Hidrológico e de Geotecnia Ambiental (CEHIGE). A conclusão da obra representa não apenas uma conquista para a EECA, mas a finalização de um projeto que enfrentou diversos obstáculos ao longo de 18 anos.
Na solenidade de inauguração, a diretora da EECA, Karla Emmanuela Ribeiro Hora, destacou a importância da persistência dos envolvidos no projeto e de diversos apoios para que a construção do laboratório fosse possível. “É uma luta de muitos anos, de muitas parcerias, e um quebra-cabeça imenso, de projetos e de professores que nunca desistiram de montar este laboratório”, afirmou.
Estrutura
O laboratório visa atender principalmente aos dois programas de pós-graduação da EECA. Além do galpão no térreo, há três salas para pesquisadores, gabinetes para sete professores, duas salas de videoconferência, diversos laboratórios e uma sala de aula. O objetivo é agregar diversos professores e criar oportunidades para pesquisas, tanto na área de hidrologia quanto na geotecnia. O galpão, por exemplo, permite que os pesquisadores consigam montar e desmontar equipamentos e protótipos em diferentes escalas, por isso ele tem múltiplas aplicações.
História
O projeto de construção do laboratório do CEHIGE teve início em 2001, quando o então prefeito de Goiânia, Pedro Wilson, pediu ajuda da UFG para solucionar problemas relacionados a erosões e drenagem urbana. A partir desse momento, surgiu a ideia de construção de um laboratório que promovesse a articulação entre duas áreas de conhecimento: a hidrologia e a geotecnia.
“A gente começou a sentir falta de um espaço para realizar as pesquisas”, explicou o vice-diretor da EECA, Maurício Martines Salles. A primeira tentativa de iniciar a obra foi a partir de um edital de 2007, quando a unidade foi contemplada com os recursos para iniciar a obra. O valor de 400 mil reais seria suficiente para a construção do espaço.
No entanto, antes de que a universidade recebesse o recurso, a EECA criou o Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental, o que demandou um laboratório maior do que o planejado. O recurso recebido foi investido na mudança do projeto para a construção de um espaço maior. No entanto, não foi suficiente para a conclusão da obra.
“Aí começou uma outra luta, que era conseguir recursos para acabar a obra. No Brasil, é muito difícil conseguir recursos para realizar ampliações e reformas”, explicou Maurício Salles. Somente dez anos depois, 2017, os coordenadores do projeto começaram a ver uma solução para o entrave, quando foi publicado um edital de Furnas Centrais Elétricas que permitia a aplicação da verba na ampliação do espaço. O recurso seria suficiente para concluir cerca de 70% da obra.
Em 2018, para a surpresa dos envolvidos no projeto, surgiu um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que tinha “a cara” do CEHIGE, conforme descreveu o professor Maurício. O recurso era destinado à conclusão de obras em universidades. O pró-reitor de pesquisa e inovação da UFG, Jesiel Freitas Carvalho, e o secretário de infraestrutura, Frederico Martins Alves da Silva, contactaram Maurício Salles, que estava de férias e retornou ao trabalho para trabalhar na inscrição da UFG no edital.
O recurso da Finep permitiu a conclusão do pavimento térreo, que foi inaugurado, enquanto os recursos de Furnas serão aplicados na finalização da parte superior. O reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, comemorou a conclusão de mais uma obra na instituição e destacou que, atualmente, apesar do cenário de corte de recursos para as universidades, a UFG não tem nenhuma obra parada.
“Desde 2006, quando eu cheguei à Reitoria, até hoje, a área construída desta universidade mais que dobrou. Só o prédio do HC tem 46 mil metros quadrados. Outros 200 mil metros quadrados ou mais foram construídos nesse período em toda a UFG. E se tem uma coisa que podemos nos orgulhar, é da qualidade daquilo que foi feito”, afirmou.
Quelle: Secom UFG