Inauguração Usina Fotovoltaica 10-12-21

Usinas fotovoltaicas vão gerar 36% da eletricidade consumida pela UFG

Em 10/12/21 18:23.

Ao todo são 24 as usinas distribuídas pelos Câmpus Samambaia e Colemar 

Inauguração Usina Fotovoltaica 10-12-21
Descerramento da placa da usina fotovoltaica da UFG
Texto: Versanna Carvalho
Fotos: Wesley Menezes

 

Foram inauguradas na sexta-feira (10/12) as Usinas Fotovoltaicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) que passam a responder por 36% da energia elétrica utilizada pela instituição. O ato encerra um projeto iniciado em meados de 2018, que tinha como objetivo reduzir o consumo de energia da UFG por meio do investimento em fontes renováveis. 

Quatro anos depois, a UFG conta com 24 usinas fotovoltaicas, distribuídas nos Câmpus Samambaia e Colemar Natal e Silva, que totalizam mais de 10 mil painéis solares. O parque fotovoltaico vai gerar 3,7 megawatts (MW), o equivalente ao consumo de energia de 2.935 residências populares. A expectativa é de que as usinas proporcionem uma economia de R$ 4,52 milhões ao ano. 

O diretor do Comitê Gestor de Energia Elétrica (CGEE), Antonio Melo, compara o montante de energia que vai ser produzido na UFG e diz que é o suficiente para evitar a emissão de 517 toneladas de gás carbônico (CO2) na atmosfera. Seriam necessárias 3.700 árvores para neutralizar todo esse carbono.

Além de eficiente energeticamente, o programa fez o uso racional dos espaços. "Apesar das usinas ocuparem uma área de 31.538 metros quadrados (m2), procuramos utilizar os telhados das unidades e órgãos. Das 24 usinas, apenas 6 estão no solo", observa Antonio Melo.

Peso no orçamento

O pró-reitor de Administração e Finanças (Proad) da UFG, Robson Maia, que esteve diretamente ligado ao projeto desde o início, falou sobre o peso da tarifa de energia elétrica no orçamento da UFG, que vem sofrendo reduções há mais de cinco anos e que agora enfrenta o seu pior momento na história, no que diz respeito a orçamento. 

"A UFG passa pelo seu maior momento de crise de todos os tempos. Houve um grande esforço neste ano quando tentamos evitar que alguma área da Universidade parasse por falta de energia. Seria um prejuízo imensurável. O fato de que agora que vamos conseguir reduzir o nosso consumo em 36% tem um significado ainda maior no nosso contexto atual", ressalta Robson.

O pró-reitor contou que em 2018 o gasto com energia elétrica na UFG foi de R$ 12,5 milhões. O montante subiu para R$ 15 milhões em 2019 e acabou tendo uma queda de 30% no consumo durante os anos de 2020 e 2021 devido à pandemia. "Ao contrário do que alguns pensaram, não zerou porque a UFG não chegou a parar de trabalhar. Para o ano que vem a estimativa de gasto seria da ordem de R$ 18 milhões se não fosse essa ação", comenta.

Robson Maia pontua que R$ 18 milhões em energia seriam quase 40% do orçamento que a UFG teve em 2021, que foi de cerca de R$ 50 milhões. "Com as usinas, a conta de energia vai cair R$ 4,5 milhões. A ideia é chegar a zerar algum dia", diz.  

Energia solar

O evento contou com a participação do deputado federal, José Nelto (Podemos), que diz ter sido procurado pelo reitor da UFG, Edward Madureira, para ajudar a reduzir a despesa com a energia oriunda de hidrelétricas. "A energia solar é o futuro e as universidades poderão prestar grande ajuda à humanidade ao adotarem uma nova fonte de energia renovável". 

O parlamentar falou ainda ter uma grande esperança de que a aprovação do novo marco regulatório da para geração distribuída de energia renovável ajude a aumentar o uso de fontes alternativas no Brasil, que segundo ele, ainda é baixo.

O reitor da UFG falou que nos últimos anos a Universidade fez o dever de casa e que com os investimentos obtidos e a racionalização dos recursos, conseguiu reduzir as despesas em R$ 3 milhões. "Mas chega um momento em que só é possível reduzir mais se houver investimentos".

Edward Madureira pontua que quando a energia elétrica é utilizada sem desperdícios, o aumento do consumo representa mais inovações e avanços. "Então, de certo modo, queremos que a nossa energia aumente porque a UFG tem que continuar fazendo a diferença no nosso estado e no nosso País", conclui.  

 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Notícias Proad EMC