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UFG se une a instituições para produção de milhares de EPI

En 27/03/20 15:28 .

Por meio de parcerias e doações, serão entregues cerca de 200 mil máscaras cirúrgicas e 6 mil aventais para uso de profissionais durante a pandemia da Covid-19

Texto: Caroline Pires
Fotos: Divulgação 

Em um feito histórico, a Universidade Federal de Goiás (UFG) organizou uma robusta estrutura junto a parceiros para a produção de milhares de Equipamentos de Proteção de Individual (EPI) para atender as unidades de saúde durante a pandemia da Covid-19. O projeto de extensão multidisciplinar da UFG espera entregar mais de 200 mil máscaras cirúrgicas e 6 mil aventais para que os profissionais de saúde do Estado de Goiás possam enfrentar com segurança o trabalho diário de atendimento à população.  A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) contribuiu com a doação de 17.300m de tecidos, aviamentos para viabilizar a produção, o corte dos aventais. Além disto, dez colaboradores da linha de produção de enxovais da Organização, sendo seis costureiras e quatro apoiadores, juntaram-se aos voluntários que se revezarão na linha de produção. A Secretaria da Indústria e Comércio do Estado de Goiás também é grande colaboradora para o projeto.
A produção em larga escala terá início nesta segunda-feira, 30/3, e só é possível graças a instituições parcerias e voluntários que se mobilizaram com a doação de matéria-prima e mão de obra. O projeto teve início na última semana, unindo conhecimento técnico e experiência. Foi montada na Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG) uma estrutura para a produção de EPI. A princípio, foram disponibilizadas 20 máquinas de costura e estação de corte onde voluntários se revezam na produção do material. A Faculdade de Enfermagem (FEN/UFG) estabeleceu os protocolos de produção associado a um arranjo de produção desenvolvido pela área de design e engenharia de produção, em atendimento às normas técnicas.
As doações e parcerias estão sendo firmadas a todo momento, a expectativa é que o projeto tome proporções ainda maiores. "Nossa intenção é firmar cada vez mais parcerias com instituições e a sociedade civil organizada para que o projeto cresça e Goiás vença essa pandemia", afirmou a vice-diretora da Faculdade de Enfermagem, Luana Ribeiro. Segundo ela, a realização de um projeto tão grandioso reforça o impacto das Instituições Públicas de Ensino Superior na sociedade nas mais diversas frentes. "É preciso que a população tenha clareza que a ciência muda a história da humanidade. E sem dúvida é isso que estamos fazendo juntos neste momento com essa ação", concluiu. A FEN também capacitou os voluntários para garantir que os EPIs produzidos fossem adequados para o uso. Dia 24/3, já havia protótipos de máscaras e aventais, que foram validados por meio de análise ergonômica e de materiais, visando dar início a produção em larga escala.
O projeto só foi possível graças a participação de empresas e organizações do Estado de Goiás além da mobilização de Unidades Acadêmicas e Órgãos Administrativos da UFG - Faculdade de Enfermagem (FEN), Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ), com apoio do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Ciências Tecnológicas (FCT), do Centro Regional para o Desenvolvimento e Inovação (CRTI) e do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede (CIAR). 

Linha de produção 
A concepção dos EPIs, seguindo as normas de segurança, mobilizaram professores de diversas áreas da Faculdade de Artes Visuais (FAV). A professora Maristela Novaes explica que dois laboratórios da faculdade foram adaptados, higienizados e organizados para que os produtos pudessem ser elaborados e empacotados de forma adequada. "Ao receber o material doado, nós avaliamos se ele poderá ser utilizado ou não na confecção dos EPIs. Em seguida, traçamos fluxos de estoque, controle e aprovação para serem seguidos", explica a professora Dorivalda Neira. 
Segundo o professor Carlos Hoelzel, a produção das vestimentas precisa ainda ser adequada quanto ao conforto do profissional que a utiliza. "Nosso trabalho está sendo com foco também nos aspecto da ergonomia e segurança. As máscaras são desenvolvidas para terem o maior contato possível com o rosto de quem a utliza, evitando contágio externo", ressaltou o professor.
Parcerias

Além da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e da Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, contribuíram também com o projeto CEPALGO, MAX Descartes, COSPLATI, SAMAQ, Petmarket Solutions e Herbal Prime. O projeto tem também parceria com a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Sindicado dos Auditores Fiscais do Estado de Goiás (Sindfesgo), Sociedade de Terapia Intensiva do Estado de Goiás (Sotiego) e a iniciativa Projeto UniãoGO.
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Na última semana a equipe trabalhou na produção de protótipos das máscaras e aventais a serem produzidos
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Produção de equipamentos terá início no dia 30/3

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