WebQuest e Loop Input: prática e reflexão Capa

Minicurso aborda uso de ferramentas tecnológicas no ensino

Em 22/10/18 18:00.

Atividade fez parte do 15º Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conpeex)

Livros, quadro e giz têm sido ferramentas tecnológicas utilizadas para expandir o meio de instrução mais comum na educação ao longo dos tempos: a fala do professor. Mais recentemente, recursos ligados às tecnologias digitais de informação e comunicação ampliaram o conjunto de ferramentas que podem ser utilizadas na área educacional.  

Nesse cenário tecnológico, onde as informações não estão mais restritas ao ambiente da sala de aula e a internet se faz cada vez mais presente na vida dos alunos, surgem metodologias inovadoras que visam estimular um maior protagonismo dos estudantes na condução do seu processo de aprendizagem. Nessas metodologias, denominadas ‘Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem’, os alunos têm um envolvimento mais direto, ativo e reflexivo em todas as etapas da construção dos conhecimentos e os docentes, por sua vez, assumem os papeis de planejadores, mediadores e orientadores das atividades.

Com o objetivo de compartilhar experiências sobre o uso de ferramentas digitais como auxílio das Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem, a Comissão de Desenvolvimento do Ensino Criativo, Colaborativo e Inovador (DECCI) promoveu, dentro da programação do 15º Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Goiás (Conpeex/UFG), uma série de atividades, entre elas o minicurso WebQuest e Loop Input: prática e reflexão ministrado pela professora Eliane Carolina de Oliveira da Faculdade de Letras (FL) para duas turmas distintas: uma na tarde do dia 16/10 e outra na manhã de 17/10.   

WebQuest e Loop Input: prática e reflexão

Em uma WebQuest, o professor parte da definição de um tema e objetivos, propõe uma pesquisa inicial e disponibiliza links pré-selecionados acerca do assunto para a consulta orientada dos alunos. Estes, por sua vez, devem ter uma tarefa motivadora e exequível que norteie a pesquisa.  A proposta foi idealizada em 1995 por Bernie Dodge, da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, que a definiu como uma atividade investigativa em que algumas ou todas as informações com as quais os alunos interagem provém da Internet.

No minicurso WebQuest e Loop Input: prática e reflexão os docentes e discentes participaram de uma WebQuest sobre WebQuests. Isso quer dizer que, por meio de uma exemplificação prática, eles, ao mesmo tempo em que tomavam conhecimento sobre a ferramenta, vivenciavam a experiência de seguir todas as etapas da atividade (Loop Input).

Seguindo as orientações de cada uma das partes distintas da WebQuest proposta (introdução, tarefa, processo, avaliação e conclusão), os participantes se familiarizaram tanto com os elementos práticos, quanto com os pressupostos teóricos da metodologia orientada para a pesquisa e puderam, ainda, usar os conhecimentos construídos por meio dos conteúdos dos vários links disponibilizados para apresentar uma proposta de WebQuest aos demais cursistas e à professora ao final do minicurso.

O que é uma WebQuest

O termo em inglês ‘Webquest’ pode ser definido, grosso modo, como ‘busca na rede’. Buscar  algo na rede é bastante fácil atualmente; no entanto, o maior desafio é selecionar, no menor tempo possível, entre os milhares de resultados apresentados, as ocorrências que atenderão as necessidades do usuário fornecendo a ele informações fidedignas.

Na WebQuest do minicurso os participantes tiveram as seguintes questões: mas o que exatamente é uma WebQuest?  Como e onde se pode criar uma WebQuest? Como você reconhece uma boa proposta de WebQuest quando a vê? É uma boa ideia implementar a ferramenta WebQuest na sala de aula? Isso realmente ajuda a incentivar a aprendizagem dos alunos? Ou será útil apenas para alguns? Tais questões foram propostas na parte da "Introdução", que é o componente cujo objetivo é apresentar o tema e despertar o interesse do aluno.

Como “tarefa”, os participantes tiveram que, inicialmente, analisar criticamente vários exemplos de WebQuests em idiomas como português, espanhol e inglês, compará-los sob várias perspectivas e, ainda, compartilhar oralmente suas primeiras impressões com os demais colegas. Para isso, na parte do “Processo”, foram dadas orientações pormenorizadas de como eles iriam  realizar a tarefa bem como os sites que deveriam consultar para ampliarem seu conhecimento sobre a ferramenta. Os materiais/links pré-selecionados estavam em idiomas distintos e tinham diferentes suportes (vídeos, infográficos, sites, imagens).

Nesta parte prática, é importante destacar dois pontos: as informações em idiomas estrangeiros e o uso de materiais visuais, auditivos e de leitura/escrita. O primeiro foi para despertar nos participantes a necessidade de aprimorar seus conhecimentos em línguas estrangeiras e conscientizá-los de sua importância no processo de internacionalização da Universidade e o segundo para contemplar diferentes estilos de aprendizagem dos participantes. Nesta parte específica, os cursistas puderam mobilizar vários processos cognitivos tais como: compreensão, análise, comparação, síntese e avaliação.

Nas demais partes – Avaliação e Conclusão – os participantes tiveram acesso, respectivamente, a links com sugestões de critérios e procedimentos de avaliação e a um resumo da experiência proporcionada pela WebQuest.

Como apontado pela professora Eliane Oliveira, a proposta da WebQuest é simples e não tem custo para os envolvidos, uma vez que tanto os materiais instrucionais quanto os produtos finais estarão na própria internet. A WebQuest pode ser desenvolvida para alunos de diferentes disciplinas e níveis escolares em plataformas especificas de criação dessa atividade como: WebQuest Fácil, em português;  Google Sites,   Create WebQuest  e Zunal WebQuest, em inglês e pode, ainda, ser construída em editores de texto ou slides. A condutora da oficina destaca ainda a necessidade de o professor repensar os tradicionais papeis aos quais está habituado, pois, nas Metodologias Ativas, ele tem diferentes atuações como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem, planejador e gerenciador da proposta que favorecem, assim, um maior protagonismo por parte do aluno.

Fonte: Comissão de Desenvolvimento do Ensino Criativo, Colaborativo e Inovador (DECCI)

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